A atriz Julia Simoura, a famosa Sabrina da novela Cúmplices de um Resgate no SBT, interpreta a Rainha de Portugal, Dona Maria II, no filme documental longa metragem do cineasta Dimas Oliveira Junior. O filme foi filmado em locações em Portugal (Lisboa e Cuba-Alentejo) e também em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Para contar a história da famosa Rainha brasileira de Portugal, a biógrafa Isabel Stilwell (Portugal) é o fio condutor do filme, que ainda conta com os depoimentos dos historiadores: Sara Rodi (Portugal), Paulo Rezzutti (Brasil), Cândida Arruda Botelho (Brasil) entre outros.
O roteiro é assinado pela jornalista Carla Saddi e a produção executiva é de Stevan Lekistch, com direção de fotografia de Sou Vini e realização da Oficina de Artes Rosina Pagan.  Os historiadores e a biógrafa Isabel Stilwell contam diversas passagens da vida da Rainha Dona Maria II, que ganham vida no filme com cenas de simulação realizadas com os atores: Bruno Pacheco (Dom Pedro I) , Julia Costa (Imperatriz D. Amélia), Gaby Almeida (Rainha Vitória), Sophia Aloha, Leonardo Zanchin, Renan Paz, Julio Assad e Tiago Leal.
Além disso, a perfeita interpretação e caracterização da atriz Julia Simoura como Dona Maria II. O filme teve o apoio para a realização da Casa – Museu Quinta da Esperança (Alentejo-Cuba/Portugal). O lançamento do filme DONA MARIA II, DO BRASIL PARA O TRONO DE PORTUGAL acontecerá no Brasil em Novembro de 2017, e em Portugal, em fevereiro de 2018.
DONA MARIA II, uma vida notável : 

A 4 de Abril de 1819 nascia no Brasil a princesa D. Maria da Glória, filha de D. Pedro de Bragança herdeiro do trono de Portugal e de D. Leopoldina de Áustria. Com apenas 7 anos foi declarada rainha de Portugal, mas somente aos 15 anos conheceu o país que iria governar. Um reino, bem diferente das terras de Vera Cruz, marcado pela Guerra Peninsular a que se seguiu a guerra civil entre D. Pedro e D. Miguel – liberais contra absolutistas. O seu reinado foi marcado por transformações sociais e econômicas e por uma forte instabilidade política, com constantes mudanças de ministros, intensa atividade parlamentar contra ou a favor da Carta Constitucional ou desta ou daquela Constituição e constantes revoltas populares que atingiam a figura da própria rainha. A tudo isto, D. Maria, marcada por uma forte personalidade, respondeu com coragem e determinação. Depois de um casamento não consumado com o seu tio D. Miguel, de ter ficado viúva do seu segundo marido, pouco tempo depois do matrimônio, é nos braços de D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha que encontra a felicidade e a alegria da maternidade. Os seus momentos mais felizes passa-os na troca de correspondência com a prima e rainha Vitória de Inglaterra, onde lhe descrevia a felicidade da vida de casada e a maternidade e alguns, poucos, problemas políticos do país. Foi a primeira rainha constitucional, que, apesar da sua inexperiência, enfrentou as contrariedades políticas, marcando a história do país, nomeadamente ao criar o ensino primário gratuito, ao desenvolver vias de comunicação terrestres e fluviais e fundando a Academia de Belas-Artes e o teatro com o seu nome, em Lisboa. No dia 15 de novembro de 1853, ao dar à luz o seu décimo primeiro filho, faleceu, sem sequer ter tempo de se despedir dos filhos e marido. Para trás deixou uma família e um povo consternados e uma estabilidade política que tinha sabido conquistar a pulso.

Crédito das Fotos: SouVini / Renato Cipriano – Divulgação.