Em alusão e respeito ao Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, o Museu Afro-Brasileiro de Sergipe lançará na próxima quarta-feira, 22, a Exposição “Ancestralidade Viva”. A mostra, promovida pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), traz esculturas de argila, metal e cimento produzidas pelo artista visual Ofá Modê.

Segundo o artista, a base de suas peças vem da argila, embora ela não seja visível. Essa ideia conota a forma como as pessoas veem o outro, muitas vezes sem notar sua ancestralidade. “A arte tem esse papel de eternizar, dar forma, fazer durar momentos e movimentos de criação. Cada peça tem uma história, que talvez nunca se saberá qual é, como num segredo sagrado entre o artista e a obra”, argumenta.

O Museu está localizado em Laranjeiras, um dos municípios com maior representatividade da cultura afro do Estado, por conta de sua história. Na exposição ‘Ancestralidade Viva’, cada obra tem sua especificidade, atualizando qualidade e elementos de uma entidade do culto afro brasileiro, mas precisamente da nação Ketu Nagô.

No lançamento da exposição, o artista participará de uma roda de conversa sobre as religiões de matriz afros com os alunos da Escola Estadual Zizinho Guimarães. O evento está marcado para as 09 horas, e é aberto ao público.

Sobre o artista

Josemir da Silva Costa, o Ofá Modê, nasceu em Recife, em 23 de fevereiro de 1977. Morou em Olinda até os 24 anos de idade. Mudou-se para Sergipe no ano de 2000, aonde vive até então. Sua ligação com a arte e a cultura afro-brasileira vem da relação com o candomblé, onde recebeu o seu urukó (nome de santo): Ofá Modê. Já participou de diversas exposições com  obras estão distribuídas nos estados de Sergipe, Bahia e no Distrito Federal, Alagoas e São Paulo.

Fonte: Secult