Alecrim: tempero perfumado

De sabor fresco e doce, a erva confere aroma delicioso a vários pratos

Alecrim
Os ramos compridos, cobertos por folhinhas pontiagudas e verde-escuras, não revelam de imediato o aroma potente do alecrim. Mas basta esfregar os galhos dessa erva para identificar a força de seu perfume. Sozinho vale por uma farmácia medicinal e cosmética. Na cozinha de alguns países é um condimento importante e sempre presente.

De origem européia, amado pelos italianos e muito utilizado na culinária mediterrânea, o alecrim percorreu o mundo e continua fazendo sucesso, especialmente em carnes de sabor pronunciado, como cabrito, cordeiro e porco, embora fique perfeito na composição de pratos com aves, peixes e até omeletes. Para os italianos, tudo fica melhor com um raminho de alecrim, que perfuma e modifica o sabor até mesmo de prosaicas batatas assadas.

Fresca, seca ou em pó, essa erva é também muito usada pelos cozinheiros brasileiros, que até já se arriscaram em novos usos – tem até alecrim na sobremesa. É uma das poucas ervas que não perde seu sabor no cozimento, e propicia às massas de pães caseiros – um gosto saboroso e ao mesmo tempo exótico, deixando-o digestivo e energético. É utilizado também para aromatizar vinagres e azeites.

É uma erva de mil utilidades medicinais. Como chá, o alecrim tem uma ação fortificante e aquecedora sobre todo o organismo, particularmente o aparelho digestivo, revigorando, aumentando a disposição e a energia, agindo como um antidepressivo nos casos de esgotamento físico e mental. Combate a diabetes e tem propriedades anti-reumáticas. Na indústria cosmética, é utilizado como aromatizante, ajuda no tratamento da calvície. Na forma de óleo, é ótimo para passar no corpo após o banho, pois restabelece o PH natural da pele.

Para quem nunca se arriscou a cozinhar com alecrim, é prudente começar com moderação. Quando em excesso, ele tende a dominar o prato, mascarando o sabor de ingredientes mais delicados. E por ter folhinhas muito duras, essa erva fica ruim quando é frita. Em contato com a frigideira quente, as folhas escurecem e queimam, prejudicando o seu sabor. Mesmo a erva em pó, cujo aroma perde um pouco de sua força, deve ser usada com cuidado

É nas preparações assadas ou cozidas que o alecrim revela o melhor de si. Então vamos a nossa sugestão no passo a passo dessa semana? Prepare uma receita de Salmão na Manteiga d’Alho com Alecrim. Uma boa pedida para ocasiões especiais. Sucesso no preparo!

Receita da Semana

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Salmão na Manteiga d’Alho com Alecrim

INGREDIENTES

Salmão: *01 ramo de alecrim *01 ramos de salsa verde *02 pedaços de salmão fresco (aprox. 300 gramas) *05 colheres (sopa) de manteiga de alho *Pimenta do reino e sal a gosto

Manteiga: *1/2 colher (café) de pimenta branca moída *10 dentes de alho *100gr de manteiga de sal *Sal a gosto

MODO DE PREPARO

1. Desfolhar o alecrim passar/salpicar em cada pedaço do salmão.

2. Adicionar uma pitada de sal e pimenta do reino. Deixar marinando por no mínimo 1h.

3. Em um frigideira, colocar uma colher de manteiga de alho e selar (deixar fritar) cada lado de cada pedaço do salmão por 3 minutos ou até que o salmão crie uma crosta dourada. Não remover as folhas de alecrim do salmão. Reservar.

4. Em outra panela, colocar o restante da manteiga de alho e após levantar a fervura, adicionar a salsa verde picada. Deixar refogando até que as folhas de salsa fiquem bem verdes, formando um molho fino e delicado. Ajustar o sal.

5. Servir cada pedaço selado de salmão com um pouco do molho.

6. Manteiga: Em uma panela, adicionar uma colher de manteiga. Deixar derreter e quando estiver fervilhando, adicionar o alho e refogar por 3 minutos. Desligar o fogo e adicionar a pimenta. Misturar bastante e adicionar uma pitada de sal. Adicionar o restante da manteiga e homogeneizar. Rende 110gr.

Rendimento: 2 porções.

Harmonização

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Vinho chileno, elaborado por Viña Montes com a nobre uva Chardonnay. É fermentado parcialmente em carvalho, o que confere esse agradável toque de baunilha bem equilibrado com as frutas exóticas. Encorpado, rico, cremoso e de moderada acidez. Branco seco, harmoniza vários pratos de peixes, frango e vitela. Teor alcoólico de 13,5%.