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Como todo ser humano que se preze, Thiago Lacerda se permitiu entrar de férias neste ano – mesmo! Alto, bonito, com cara de galã e sempre com shape atlético, o ator viu os números na balança subirem algumas casas logo após o fim da novela ?Joia Rara? e o filme ?O Tempo e o Vento? (2013). Agora, na pele do vilão Marcos de ?Alto Astral? (Globo), foi preciso um esforcinho extra para voltar para o antigo visual.
?Eu dei uma relaxada natural, entrei num processo de despreocupação com isso e dei uma engordada natural. Só que comecei a ter muito problema. Queria jogar meu vôlei e tinha dor? Eu fui atleta, eu sou ator, preciso do meu corpo. Estava na hora de emagrecer um pouquinho e eu emagreci. Mas sem loucura. Voltei a correr, pedalar e estou comendo normal, nenhuma preocupação exagerada. É mais uma vontade de estar saudável. O importante é o corpo estar ajeitadinho para aguentar o rojão da novela, que é pesado?, disse o ator ao iG nos bastidores da nova trama das 19h.

Em números, ele garante que não sabe quando perdeu (?não me peso?), mas avisa que o objetivo final ainda não foi alcançado: ?ainda quero emagrecer mais um pouquinho?. No estúdio, alinhado de terno na pele de Marcos, o resultado é positivo. Era preciso dessa elegância para entender e exibir o personagem, noivo de Laura (Nathalia Dill). Logo nos primeiros capítulos, já deu para pescar que Marcos não é homem de brincar em serviço.
?Ele tem uma conduta bastante questionável. Além disso, ele nunca aprendeu a lidar com a questão afetiva. Com a chegada do irmão (Caíque, vivido por Sérgio Guizé), ele cultivou ciúmes, inveja, e uma dificuldade de aderência afetiva. Marcos passa a trajetória da novela inteira tentando, de alguma forma, destruir essa figura que roubou dele as coisas mais preciosas que ele tinha, que é a atenção, amor e afeto da mãe, do pai, da namorada?, disse.

No primeiro capítulo da trama, Marcos descobre que seu irmão conheceu e passou um noite tórrida de amor com sua noiva – para colocar mais lenha nessa fogueira. A ira, na verdade, é mais pela disputa com o irmão do que com a traição de Laura. ?É um grande teatro. Aos olhos das pessoas, ele acaba promovendo uma encenação. Interessa para ele que as pessoas acreditem que ele é o ofendido, que ele é a vítima daquilo tudo, para que lá na frente ele consiga articular seguindo seus interesses. Ele faz tudo que tem que fazer para que as pessoas não desconfiem de nada. Ele não tem nenhum apreço, nenhuma afeição humana por ninguém?, falou Lacerda.

A relação com Laura, então, passa longe do amor. ?A disputa é por alguma coisa que é um mistério na novela. A gente tem alguma coisa que nem eu sei – não poderia nem falar sobre isso. Existe um motivo pelo qual ele quer a figura da Laura. E não é amor, isso está claro?, opinou o ator.

Pela traição, aliás, Marcos não teria direito de julgar. Ele tem uma amante fixa – e lida muito bem com a vida dupla. A escolhida é Sueli (Débora Nascimento), sua secretária. ?É aquela situação clássica de uma menina de uma classe social inferior que se entrega. Ele, por sua vez, mantém a relação baseada em sexo. Só que acaba virando uma espécie de simbiose. Ela é cúmplice, alguém com quem ele divide, mas não confia. Eu fico pensando que, no final da novela, talvez essa seja a personagem que dará para Marcos a oportunidade de perceber como é possível, mesmo sendo uma figura questionável, ter o carinho de alguém. Acho que ela pode ser um canal de transformação do personagem?, afirmou.
Lacerda é um nos bastidores, e outro no set. Esse ?vai e volta? vira uma grande brincadeira, mas como Marcos é denso, exige concentração. O ator próprio comentou o título de vilão: ?É cansativo. É bem ruim, hoje eu já maltratei meia dúzia de colegas em cenas (risos). Eu termino e fico fazendo carinho neles. Faz parte, né? É bacana você dar um safanões, coisa que você não faria na vida. Mas ele é cruel demais, não é minha praia. Eu não saberia ser assim?, contou.

Fonte: IG