De acordo com Adilson Ferreira, do Sindicato dos Condutores de Ambulâncias do Samu, 59 viaturas e 4 motolâncias são destinadas ao serviço de socorro em todo o estado de Sergipe. ?50% do efetivo das motolâncias neste período vão estar trabalhando, 60% dos funcionários da UTI móvel também vão continuar na escala. Já nas ambulâncias dec atendimento básico o efetivo será de 40% ?, garante.
Os profissionais em greve incluem, além dos condutores, técnicos em enfermagem, enfermeiros, telefonistas e operadores de rádio, setor administrativo e de esterilização de materiais.
Os condutores de ambulância pedem melhores condições de trabalho, além de um reajuste de cerca de 21%, que representa a reposição inflacionária do período de 2012 até agora.
?O nosso salário é de R$ 622 e tem gente que recebe bem menos que isso, por conta dos descontos. A mesa de negociação aberta com o Estado em 2012 foi fechada pelos governantes sem resolver o problema e nem dar satisfações aos servidores?, destaca Ferreira. Segundo ele, a secretária de estado da saúde Joélia Santos havia se comprometido em se reunir com a categoria no início desse mês, o que não teria sido cumprido.
?Todas as bases do Samu apresentam problemas estruturais, existem lugares que sequer têm água para o consumo e alojamentos, onde os funcionários se amontoam para o repouso. A greve só vai acabar quando o Estado cumprir pelo menos o mínimo que é exigido por lei?, destaca Flávia Brasileiro, presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (Seese).
Assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde enviou a nota abaixo sobre a greve dos funcionários do Samu.
A diretoria da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) entende que a greve é um direito do trabalhador. No entanto, é preciso que todos os ditames da Lei sejam cumpridos, como manter o número mínimo de trabalhadores.
A coordenação do Samu 192 Sergipe esteve reunida com os líderes do movimento na última terça feira, 25, representado pelos sindicatos dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), dos Condutores de Ambulância do Estado de Sergipe (Sindiconam) e dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (Seese).
Ficou acordado que a cobertura da escala com percentual de greve será condicionada em 40%. Serão mantidas 09 Unidades de Suporte Avançado (USAs) em funcionamento, totalizando 56,26% dessas ambulâncias em operação. Com relação aos funcionários do Centro de Material Estéril (CME), administrativos, rádios operadores e técnicos auxiliares de Regulação Médica (Tarms), será um contingente de 30% em operação.
A FHS informa também que a aquisição dos equipamentos de proteção individual vem sendo feita. Por exemplo, os equipamentos dos motossocorristas já foram entregues. Os demais já estão em processo final de licitação e assinatura dos contratos de fornecimento por parte das empresas ganhadoras.
Preparado para atender aos agravos à saúde, os casos diagnosticados como realmente graves devem ser priorizados durante a paralisação dos trabalhadores do Samu 192 Sergipe. Entre eles, as vítimas de acidentes, infarto e de acidente vascular cerebral (AVC).
A Direção da Fundação Hospitalar de Saúde esclarece que fará todo possível para que a população não fique desassistida e reafirma que continua aberta ao diálogo e acredita no processo de negociação.
Fonte: Globo.com