Trabalhadores da Construtora MRM, que estão trabalhando na reforma do Estádio Lourival Batista [Batistão] voltaram a paralisar as atividades na terça-feira, 1º. Eles cobram entre outros pontos, cesta básica, horas extras e a regularização no pagamento do vale-transporte. A empresa informou que o problema está sendo discutido na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE).
A secretaria de Infraestrutura (Seinfra) acredita que a paralisação não vai interferir na data de entrega das obras, prevista para maio [para o treino da Seleção da Grécia] e para o final de setembro, para a conclusão da reforma do Batistão como um todo.
?As datas de finalização dos serviços não deverão ser alteradas por conta dessa paralisação. Eles estão negociando junto aos sindicatos e devem retornar em breve. Os serviços devem ser ampliados e compensados com horas extras?, destaca a assessoria de Comunicação da Seinfra.
Na porta do Batistão, os operários realizaram um ato e não aceitaram a presença de representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintracon). ?Fora, fora. Nós estamos trabalhando na reforma há dez meses e vocês nunca vieram aqui. Vocês não representam a nossa categoria?, gritavam os trabalhadores ao verificarem a presença do Sintracon.
?Vocês deixem de ser mau educados porque nós estamos aqui para ouvir as reivindicações e ajudar no que for preciso, mas se vocês não querem, vamos embora, mas deixando claro que o Sintepav não pode defender vocês?, afirmava o presidente do Sintracon, Raimundo Luiz Reis.
?Não somos mau educados, estamos apenas reivindicando os nossos direitos como horas extras, cestas básicas e regularização no pagamento do vale transporte. Os representantes da empresa chegam aqui com uma conversa bonita e não resolvem nada e nós queremos uma solução?, completa o operário Manoel Messias dos Santos Santana.
MRV
O gerente comercial da MRM, Paulo Vasconcelos estava acompanhando a manifestação. Segundo ele, aconteceu uma reunião na última sexta-feira, 28 na SRTE. ?Na reunião, fomos informado de que os trabalhadores de obras pesadas devem ser representados pelo Sintepav e os de obras leves pelo Sintracon. Aqui nós estamos fazendo uma reforma, tanto que o valor da obras é de R$ 13 milhões e não de R$ 200, R$ 300 milhões como em outros estádios que estão se preparando para a Copa do Mundo. Acredito que eles vão retornar logo ao trabalho, tão logo se entendam com o sindicato. Nós não temos nada a ver com isso, porque é a SRTE que está intermediando?, destaca.
A diferença é que se os trabalhadores estivessem sendo representados pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Manutenção e Montagem do Estado de Sergipe (Sintepav/SE), os operários estavam recebendo maiores benefícios.
Fonte: Infonet