O adolescente acusado de tentar matar o professor Carlos Cristian Góis Almeida, 32, permanece internado na Unidade Socioedeucativa de Internação Provisória (Usip), em Aracaju. O advogado Claudionor Lima Gonçalves tentou libertar o garoto infrator, mas não conseguiu. ?O juiz viu necessidade do adolescente permanecer na unidade em observação pelo prazo de 45 dias?, observou o advogado, que atua na defesa do adolescente, numa referência aos prazos definidos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para infratores.
O procedimento desencadeado pela delegada Tereza Simony, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), foi concluído e o processo tramita na Vara Criminal da Comarca de São Cristovão, em fase de instrução. O juiz Antonio Cerqueira deve marcar data para iniciar a oitiva de testemunhas das partes arroladas no processo em audiência de instrução e julgamento.
O advogado vai aguardar as próximas manifestações do juiz e o fim do prazo da internação provisória. Para a defesa, trata-se de um fato atípico e que o adolescente agiu movido por ?um ódio momentâneo? cultivado contra o professor. ?É necessário observar que o adolescente trabalhava, era estudioso e tem bons antecedentes, nada que macule a conduta dele antes desta infração?, comenta o advogado.
O professor foi alvejado por tiros supostamente disparados pelo adolescente aluno da vítima na noite do dia 12 de agosto passado dentro da Escola Estadual Olga Barreto no conjunto Eduardo Gomes, em São Cristóvão. No dia 20, o adolescente foi apresentado à polícia pelo advogado Claudionor Gonçalves. O professor permanece internado em um hospital particular, mas o boletim médico é restrito à família. A assessora informou que o hospital não possui autorização dos familiares para divulgar informações sobre o estado de saúde da vítima.
Fonte: infonet.com