A Saúde de Aracaju realizou na manhã desta quarta-feira, 10, no auditório do Hotel Riverside, o 1º Seminário Municipal de Integração das Equipes dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) e Equipes da Estratégia do Programa Saúde da família (PSF). O encontro reuniu profissionais do NASF, representantes do Ministério da Saúde (MS), Secretaria do Estado da Saúde (SES), gerentes e profissionais das Unidades de Saúde da Família (USFs), corpo técnico da Saúde de Aracaju e a presença do secretário interino da Saúde de Aracaju, Luciano Paz, que na ocasião avaliou a situação destes profissionais dentro das unidades.
Implantados no município desde 2013 a missão dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família é a prevenção, promoção e reabilitação da saúde, levando profissionais especialistas em áreas como nutrição, psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional, farmácia, entre outras, para as Unidades de Saúde da Família situadas nos bairros. Hoje já são nove equipes distribuídas em 23 Unidades de Saúde.
Durante a abertura, o secretário interino da Saúde de Aracaju, Luciano Paz, apontou que tem feito visitas às USFs, acompanhado do vice-prefeito, José Carlos Machado, e que vem avaliando a situação da saúde em Aracaju de forma ampla, observando, inclusive, o trabalho do NASF. “Não tenho me impressionado com o tamanho dos problemas. Não existem graves problemas, mas sim pequenas dificuldades que foram se acumulando, gerando problemas, e precisamos desfazer esses impedimentos. No caso dos profissionais do NASF, percebemos que existe uma questão estrutural que necessita de mudanças para integrar os profissionais ainda mais ao corpo das Unidades de Saúde da Família em que estes profissionais estão trabalhando. Precisamos melhorar ainda mais a estrutura de trabalho e vamos avaliar como faremos isso no menor tempo possível”, avaliou Luciano Paz.
O secretário interino ainda enfatizou que existe uma “departamentalização” que acaba fragmentando a estrutura dos trabalhos. “A falta de comunicação, de integração sempre gera maiores problemas comunicacionais, refletindo no atendimento à população. É preciso nos preocupar com a avaliação que as pessoas fazem da nossa Secretaria e dos nossos trabalhos. Estamos num momento onde cada sugestão e ações em prol do cidadão serão avaliadas e acatadas se trouxer benefícios diretos aos pacientes. Vamos empregar um modelo de gestão participativa e o apoio e empenho dos profissionais do NASF é de extrema importância para cumprirmos nossa missão. Meu foco é otimizar o processo de gestão e que nosso trabalho seja bem avaliado pela população. Me preocupo muito com o papel dos profissionais do NASF, pois lidam diretamente com a estrutura familiar de milhares de pessoas e precisamos sempre focar nosso trabalho na estrutura familiar, fortalecendo a mesma”, afirmou Luciano.
A coordenadora do NASF de Aracaju, Clesimary Evangelista Martins reforçou que “é um compromisso das equipes do NASF atingir metas como um SUS mais resolutivo, promoção de um trabalho integrado com as equipes de saúde da família e, sobretudo, proporcionar atendimentos de qualidade e assistência aos usuários, sejam crianças, jovens, adultos ou idosos”.
Evangelista Martins também falou da vivência que teve enquanto técnica do Ministério da Saúde que acompanhou a implantação do NASF Aracaju e em outros estados. A coordenadora afirmou que realização do seminário “é ação de educação em saúde essencial para avançar nas ações no município” e informou que o seminário contou com apoio dos diversos setores e programas que compõe a Secretaria da Saúde de Aracaju.
A analista de Políticas Sociais do Ministério da Saúde, Sílvia Reis, foi convidada para participar do evento e promover a palestra “NASF no Brasil”. Sílvia Reis, que também é apoiadora na coordenação geral de gestão da atenção básica elogiou a iniciativa do Município. “O núcleo de apoio representa uma ação inovadora. Aracaju é um dos municípios sergipanos com maior cobertura de equipes. Essa é uma estratégia que veio para somar forças aumentando a resolutividade das equipes de Saúde da Família”, disse.
A analista explicou que o objetivo do Ministério da Saúde, ao criar o NASF em 2008, foi ampliar o escopo de ações e fazer com que as USFs tivessem mais profissionais de especialidades que não estavam contempladas na equipe mínima do Programa Saúde da Família. “O NASF traz a possibilidade de executar uma gama de ações maior para atenção básica, resolvendo as necessidades dos usuários e diminuindo significativamente o número de encaminhamentos para outros serviços de saúde que fazem parte da atenção secundária”, disse.
Durante o seminário houve apresentação musical do Projeto Sons no SUS e debate de ações exitosas desenvolvidas pelas equipes dos NASF de Aracaju.
Fonte: SECOM Aracaju