O maestro Daniel Nery foi o regente da noite

Em mais um concerto que levantou o público, a Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse) cumpriu seu papel de difusão da música clássica aliada à integração da música popular. Tendo o carnaval como destaque, a apresentação que ocorreu no Teatro Tobias Barreto na ultima quinta (7), arrancou aplausos da plateia que novamente demonstrou seu apoio à iniciativa da Orsse.

Dividido em três momentos, o concerto levou ao público presente uma sensação festiva. Na primeira parte, foram utilizados somente os instrumentos de sopros. Durante a segunda parte toda a orquestra estava no palco e no final, tudo acabou em samba. Asinfonia responsável por encerrar o concerto foi a Carnevale, do compositor brasileiro Ernani Aguiar. A sinfonia é conhecida por possuir uma estrutura clássica que abrange todas as cores possíveis do carnaval, com samba, frevo, marcha rancho e um ensaio final de uma escola de samba que culmina na participação do público.

Segundo o maestro adjunto da Orsse, Daniel Nery, a ideia de mesclar a música clássica com a popular surge da necessidade de integrar o público já cativo e também de atrair aquelas pessoas que nunca ouviram uma orquestra sinfônica na vida. “A gente sempre tem mesclado o repertório sinfônico com o repertório popular para contemplar os mais diversos públicos da sociedade sergipana”, afirma.

O público

Quem apreciou pela primeira vez a Orquestra Sinfônica foi Elizete Lopes. Acompanhada por seu esposo Osvaldo Lopes e por sua filha Esther Lopes, ela conta que ficou sabendo da apresentação através do regente da orquestra da igreja que frequenta. Ela elogiou a apresentação e afirmou que pretende ir aos próximos concertos. “Foi maravilhoso, espero vir mais vezes”, diz.

Frequentadora assídua dos concertos da Orsse, Lorena Santana conta que adora as apresentações e que admira a diversidade de estilos que a Orquestra Sinfônica pode alcançar. “A música é algo que alimenta a nossa alma, e a Orsse traz uma variedade musical que é interessante pra gente sentir essa diversidade de estilos numa orquestra”, relata.
Assim como Lorena, Rivelino Santos conta que também comparece às apresentações da Orsse sempre que pode. Ele ainda concorda que a diversidade musical trazida pela Orquestra é importante para cena cultural sergipana. “A boa música sempre é bem-vinda, principalmente em nosso estado que tem deixado de lado a música de qualidade em função da música comercial. Sempre venho quando posso e acho interessante essa diversidade que eles trazem, porque contempla vários gostos musicais, vários estilos, acho que é uma alternativa muito interessante” afirma.

A Orsse

A Orsse é uma realização Secretaria de Estado da Cultura do Governo de Sergipe. Criada na década de 80, a Orquestra Sinfônica de Sergipe é um dos mais importantes grupos orquestrais da região Nordeste. Assiste atualmente no Teatro Tobias Barreto, patrimônio cultural do Estado de Sergipe, com capacidade para 1.328 pessoas e oferece, desde 2007, temporadas anuais e regulares de concertos, proporcionando ao público sergipano música de erudita de alto nível. Está composta atualmente por cerca de sessenta músicos sergipanos, de outros estados da federação e também de outros países e corpo administrativo empenhado em criar um produtivo pólo de música de concerto na região Nordeste do Brasil. Seu Diretor Artístico e Regente Titular é Guilherme Mannis. Já o Coro da Orsse tem a regência do maestro Daniel Freire.

A próxima apresentação da Orquestra acontece no próximo dia 21 de maio, no Teatro Tobias Barreto.

Fonte: ASCOM