Alessandra Maestrini prestigiou o show do cantor Ney Matogrosso na inauguração do Teatro Porto Seguro, na noite da última terça-feira (5), em São Paulo. A atriz, que se assumiu bissexual em agosto do ano passado, falou ao UOL o quanto acha mais difícil para atores homens tomarem a mesma decisão que a dela e expor a sexualidade.
“O Brasil é um país machista. Quando uma mulher se assume gay ou bissexual, o homem parte do princípio de que aquilo é entretenimento para ele, mas quando é o homem que se assume, o machista acha que é no “dele” que vai entrar”, disse.
A atriz contou que desde que tomou a decisão de expor sua sexualidade tudo ficou melhor.
“As pessoas ficaram mais próximas, tudo ficou mais leve, agora eu vou eu mesma. Você não precisa mais se preocupar e pode ser quem você é. Eu nunca tive problema com isso, mas as pessoas que nos amam ficam preocupadas”, explicou. “A minha sexualidade é uma parte bastante importante da minha identidade. A partir do momento que eu não possa assumir meu chacra básico, fica difícil assumir sua potencialidade total”, completou.
Sobre as polêmicas por conta do beijo gay de Ester (Nathalia Timberg) e Teresa (Fernanda Montenegro) em “Babilônia”, a atriz pareceu incomodada ao falar da reação do público.
“No primeiro capítulo, no primeiro bloco você colocar dois pilares do teatro e da televisão brasileira dando um selinho e causar tudo que causou. Isso é a pontinha da história que estamos contando. Muito inteligente o texto porque mostra o espelho da sociedade, tem um monte de gente que não presta na trama, as únicas que prestam são as duas e a crítica vai para elas por causa de um selinho? Quais são os valores dessas pessoas, os princípios?”, questionou.
A atriz ainda aproveitou a oportunidade e mandou um recado para o autor Gilberto Braga.
“Eu tenho orgulho dessa novela, não é falta de trabalho porque tenho muito, mas me chama para uma participação, Gilberto?”, disse rindo.
Carreira na Música
Fora do ar desde 2014, quando participou de “Sexo e as Negas”, Alessandra tem viajado com seu espetáculo “Drama’n Jazz”, que mistura diferentes estilos musicais, e também se apresentando como cantora com o show “Yentl”, todas as quintas-feiras no Rio de Janeiro.
“Quero assumir a carreira de cantora, mas não acho que preciso abrir mão de ser atriz para isso. Isso tem que acabar no Brasil”.
Fonte: Uol Celebridades