É tempo de arrasta-pé, fogueira, fogos, bandeirinhas coloridas e comida típica. A pitada que dá o toque especial ao coquetel cultural é a diversidade de quitutes, que passaram de geração em geração, perpetuando-se através dos tempos. Nesse período do ano, o milho está em evidência em nossas plantações, sendo à base da maioria dos pratos.
O milho é um alimento bastante rico em sais minerais (cálcio, potássio e fósforo), proteínas e vitaminas A, B e C. De fácil digestão, pode ser consumido até por pessoas que tenham problemas digestivos. O óleo de milho é o mais indicado para uso culinário, pois dificulta a formação de gordura no sangue e reduz o nível de colesterol. Uma espiga de milho média contém por volta de 80 calorias.
Período de colheita, no mês de junho o milho é encontrado com facilidade em feiras, barracas e supermercados. Porém, alguns cuidados são essências na hora de comprá-lo. Escolha sempre as espigas com folhas de cor verde bem vivo e de cabelo marrom escuro. Quanto mais amarela e seca a casca, mais duro será o milho. Muitas vezes ele é vendido já descascado. Nestes casos, preste atenção na parte de baixo da espiga. Se ela estiver macia, o milho é fresco, se estiver dura ou cortada, o milho já está velho. Para verificar se os mesmos estão macios, aperte-os com as unhas, se soltar um pouco de líquido é sinal de que o milho está bom. O milho rende pouco quando ralado ou triturado, por isso ao comprá-lo para esse fim lembre-se de que cada 100 g de milho “in natura” são aproveitados apenas 40 g.
O milho tem várias aplicações na culinária. Canjica, pamonha, pipoca, mungunzá, bolo de milho e cuscuz, além das espigas de milho assadas ou cozidas, não podem faltar em todo arrasta-pé que se preze. Como nada se perde, tudo se transforma, a pamonha é cozida e servida na própria palha do milho. Além de original, a embalagem chama a atenção pela beleza.
A seguir, uma sugestão de quitute feita com esse ingrediente. Uma receita com toque gourmet para incrementar a mesa do seu arraial. Um bom São João!
RECEITA DA SEMANA
Brûlée de milho verde
Criada pelo Bar Madeleine (SP)
INGREDIENTES
*2 espigas e meia de milho verde, cozidas
*65 g de açúcar refinado
*1 gema de ovo
*1 pau de canela
*400 ml de creme de leite
*400 ml de leite integral
*20g de farinha de trigo
*1/2 xícara (chá) de leite integral (para dissolver a farinha de trigo)
*Açúcar para caramelizar
MODO DE PREPARO
1. Bater no liquidificador o milho verde com o leite e reservar.
2. Em uma vasilha, misturar a gema ao açúcar refinado e reservar novamente.
3. Em uma panela, esquentar o creme de leite por 2 minutos. Adicionar, então, a mistura do milho verde com o leite do liquidificador, bem como a gema com açúcar da vasilha. Adicionar também o pau de canela. Separadamente, dissolver a farinha de trigo em 1/2 xícara de leite e adicionar à panela quando a mistura estiver fervendo.
4. Esperar borbulhar, retirar o pau de canela e colocar em cumbucas de louça, individuais. Polvilhar açúcar sobre a superfície e caramelizar.
Dica: Para caramelizar, pode-se utilizar uma maçarico culinário ou aquecer uma colher de sopa na chama do fogão (tomando o cuidado para proteger a mão do calor do cabo) e fazer movimentos circulares com as costas da colher na superfície do creme. Se preciso, repetir essa operação até que o açúcar fique dourado, sem queimar.
Rendimento: 6 porções
Dificuldade de preparo: Fácil
HARMONIZAÇÃO
Um branco saboroso, cheio de charme e frescor. Bastante aromático e fresco, o vinho Carmen mostra ótima relação qualidade/preço, como toda linha Classic da Viña Carmen. Produzido com 100% de uva Sauvignon Blanc, na região do Chile. Branco seco, combina com peixes, queijos de cabra, frutos do mar e sobremesas leves. Temperatura de serviço indicada é de 9 a 11ºC.
Espero que gostem. Até a próxima semana pessoal!
Abraços,
Osanilde Oliveira