A polêmica está lançada. Uma matéria do G1 assinada pelo jornalista Rodrigo Ortega já chega com a manchete “Medicina’: Anitta em espanhol já é 1º lugar no Brasil, mas nem entra em paradas do resto da América Latina”. Injusta, no mínimo.

O artigo não está incorreto, mas se apega apenas a números. A brasileira já ultrapassou, inclusive para o mercado latino, a necessidade de só lançar hit.

O texto, seguindo a tendência de desmerecer o último lançamento da cantora, afirma que ela só faz sucesso ao lado de J Balvin, citando Downtown e Machika, e afirmando que Sim ou Não e Paradinha só conseguiram destaque no Spotify Brasil.

A artista, como de costume, não ficou calada. Foi às redes sociais falar em plano de carreira, gráfico de crescimento e afirmou que fenômenos como Downtown não acontecem a todo momento. Daqui, prezada Larissa, te digo: fenômenos como você não acontecem a todo momento.

Não importa se de braços dados com Maluma ou J Balvin, sozinha ou acompanhada, você é a artista mais citada em todas as entrevistas que fazemos com latinos quando a pergunta é: com qual brasileiro você gostaria de cantar? Não há exceção. Até Jesse y Joy, baladeiros convictos, te querem.

Vou além: os gringos cantam não apenas Indecente ou Paradinha, seus singles solos em espanhol, como amam mandar uma palhinha de Vai, Malandra!

Não vamos esquecer que é você, a brasileira que canta em espanhol, mas não bomba no mercado latino (?!), que ocupa um dos postos mais cobiçados do show business hispano-hablante: uma cadeira do La Voz México, outrora ocupada por Laura Pausini, Alejandro Sanz, David Bisbal… Vai mal sua carreira lá fora, não?

Você é nosso produto de exportação para o mundo. Quem importa, a indústria fonográfica, te reverencia como um dos maiores fenômenos pop globais da última década. E para colocar um ponto final nessa história: Medicina é mais um dos seus acertos: boa batida, letra que vai de encontro com o gênero urbano que bomba mundo afora e mais uma super produção visual para promoção.

Todo o restante é a famosa síndrome de vira-lata de atinge 9 entre 10 brasileiros: a grama lá de fora é sempre mais verde.

Vai, Malandra! O mundo é teu!

Fonte: latinpopbrasil , por Priscila Bertozzi