Dionísia, a personagem de Maitê Proença em “Liberdade, Liberdade”, próxima novela das onze, que estreia dia 11 de abril na Globo, será bastante contraditória. Tia de criação de Joaquina (Andréia Horta), ela se considera uma senhora de respeito, é conservadora e bastante católica, mas usa seus escravos para satisfazer seus desejos.
“Ela ama os protocolos aristocráticos, as regras da corte, ela é extremamente católica, mas submete os escravos a práticas sexuais que ela ordena, comanda. E quando não sai do jeito que ela quer, ela manda para o pelourinho”, adiantou a atriz no evento de lançamento da novela nesta quinta-feira (31) no Rio de Janeiro.
O fato de ela dominar os escravos talvez tenha relação com algum trauma do passado, já que Dionísia sofreu agressões de seu ex-marido.
“Ela tentou matar o ex-marido, não conseguiu e é algo que ela lastima muito. Ela tem marcas no corpo das violências físicas que ele a submeteu todas as noites”, disse Maitê.
A atriz tenta encontrar justificativas para compreender sua personagem e os motivos que a levam a ter determinadas atitudes.
“Nós somos todos contraditórios, agora a gente acha tudo muito esquisito, mas para aquela época, para aquele momento talvez não fosse tanto. Ela faz como quem toma chá. Ela considera os escravos como se fossem propriedade dela. Na hora que ela está um pouco tensa, ela chama e pode mandar fazer do jeito que ela gosta”, explicou a atriz.
Fonte: UOL