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Fazer testes de sangue para avaliar o nível do colesterol em crianças pequenas não era uma prática comum nos consultórios há dez anos. Hoje, os médicos acreditam que cerca de 30% das crianças brasileiras tenham esse problema ? não existe estimativa do Ministério da Saúde. A alimentação inadequada, a falta de atividade física e a genética são os responsáveis por esse desequilíbrio. Um estudo realizado em Pernambuco com 414 crianças mostrou que 30% delas tinham o diagnóstico ? e apenas 4% estavam acima do peso.

Melhorar a alimentação da criança é a primeira fase do tratamento ? e também da prevenção. Os alimentos que aumentam o colesterol precisam ser substituídos. Essa mudança, associada à prática de exercícios, ajuda a reduzir o colesterol ruim, o LDL. Saem carnes vermelhas gordurosas, derivados de leite (em especial os integrais), bolacha recheada, sorvete de massa, frituras e embutidos. Entram azeite de oliva, cereais, leite desnatado, frutas, verduras e legumes. O mesmo deve acontecer na escola. Em alguns colégios, as cantinas já deixaram de vender alimentos fritos, por exemplo. Em outros, uma nutricionista prepara refeições especiais para os alunos com colesterol alterado a partir do cardápio do dia. A comida não é muito diferente da servida para os outros alunos para a criança não ficar desestimulada a fazer a dieta.

criança lanchando

Outro diagnóstico comum na infância é o HDL, o colesterol bom, abaixo do esperado. Ele é importante porque recolhe do sangue as sobras de colesterol, fazendo que não seja depositado nas nossas artérias; ajuda na formação da membrana celular e é base para formação de hormônios sexuais. Essa alteração acontece porque as crianças hoje são mais sedentárias. O ideal é que seu filho faça atividade física todos os dias por pelo menos 50 minutos. A influência genética também é importante. Tanto que a recomendação médica para os filhos de pais com colesterol alto é passar por um check-up já aos 2 anos. Além de precisar manter-se em dieta e praticar atividades, em alguns casos, quando a alteração é grave e não foi possível controlá-la de outro jeito, é necessário o uso de medicamentos.

Outro fator que influencia na doença é a obesidade. No Brasil, 10% das crianças com menos de 5 anos estão acima do peso. Elas têm mais chances de desenvolver colesterol alto e, assim, ter as artérias entupidas. É isso que aumenta a probabilidade de doenças no coração. O colesterol alterado pode ser também um indicativo para a existência de outros problemas graves, como diabetes, hipotireoidismo e algumas disfunções renais. Agora que você já sabe tudo isso, veja se não é hora de repensar os hábitos da sua família.

ATENÇÃO: O colesterol em crianças deve ser inferior à 170 mg/dL, o LDL abaixo de 100 e o HDL acima de 35.

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