material escolar

Concluídas as festividades de final de ano, os consumidores sergipanos já começaram a direcional as atenções para as livrarias e papelarias em busca de materiais escolares ainda com os valores de 2014. Com um reajuste de 8% em todos os produtos, os pais e responsáveis pelos estudantes tentam, na conversa, conseguir adquirir toda a lista apresentada pelas instituições de ensino sem sentir muito no bolso. Apesar da tentativa e grande número de clientes nas livrarias já na primeira segunda-feira do ano, difícil foi se livrar do aumento. Apesar das pechinchas e pagamentos a vista, em meados de dezembro esse reajuste nos materiais já havia sido adotado pelo setor varejista. Evitar o reajuste anual foi uma missão inevitável para quem deixou as compras agora para janeiro.

Nas principais revendedoras de livros, cadernos e demais materiais escolares do centro de Aracaju, o movimento tem registrado aumento de 13% se comparado ao mesmo período do ano passado. Diante da ampliação no número de estudantes tendo acesso às instituições educacionais, a tendência do setor varejista era que este impulso econômico de fato fosse identificado desde a última semana de 2014. Diante dos aumentos em cada produto, os vendedores apresentam melhores facilidades de pagamento para os pais que se queixam do valor final. Descontos de 10% são concedidos para aqueles consumidores que decidem pagar o valor total de forma a vista. Em média, um estudante do ensino fundamental gasta R$ 500 com livros e cadernos.

A depender da unidade escolar, esse valor pode representar um acréscimo de R$ 200 que são destinados a módulos desenvolvidos pelos próprios docentes da escola, e acabam substituindo os livros produzidos por grandes editoras. De acordo com Gilvanir Medeiros, gerente de uma livraria instalada no centro da capital sergipana, é preciso pesquisar os locais onde o consumidor possui a oportunidade de adquirir todos, ou até 90% dos itens contidos na lista, em um só lugar. Apesar de estar abrindo oportunidades de venda para os concorrentes diretos, ele garante que esta é a forma mais adequada para que todos os pais, ou responsáveis, posam inibir grandes gastos e, consequentemente, dividir a fatura dentro do que pode caber no orçamento da família.

“A pesquisa de preços nessa etapa é fundamental. Primeiro é salutar garantir que em todas as livrarias os reajustes gerais já foram feitos, então não existe livro em 2015 com preços de 2014. A não ser que lá atrás tenha ocorrido um acordo entre cliente e fornecedor, fora isso, o jeito mais apropriado para quem quer economizar é buscar uma livraria em que o consumidor possa encontrar todos os livros, canetas, cadernos e demais utensílios necessários para iniciar o ano letivo”, declarou Gilvanir. Paralelo ao significativo movimento de pessoas nas lojas do bairro centro, nos arredores das grandes escolas existem dezenas de papelarias e livrarias faturando neste início de 2015. Aconselhados pelo Procon, os pais passaram a observar mais os preços em vitrine.

Para o contador Raí Cândido, pai de dois alunos de uma escola particular no bairro Suíssa, a partir do momento que os consumidores passarem a exigir os respectivos direitos, casos de abuso dos preços repassados para a população vai deixar de existir. Segundo ele, é dever de cada cidadão sempre ler o código de defesa do consumidor. “Essa atitude já me ajudou uma vez e espero que continue assim. Hoje estou fechando minhas compras, mas antes de escolher a livraria para seguir o que recomendou a escola, eu e minha esposa já pesquisamos em outras livrarias e até em bazares”, disse Raí que concluiu dizendo: “Se perceber que tem algo fora do normal eu aciono o Procon. Esse é meu direito como contribuinte”.

Fardas – Assim como ocorreu com os materiais escolares, a farda, exigida em especial pelas unidades de ensino da rede particular, também apresentaram reajuste. Este ano a média foi de 5% em virtude de ser produzida pelas próprias escolas sergipanas. Em busca de promoções, tem gente que visa adquirir até três fardamentos para serem utilizados durante todo o ano letivo. Esse é o caso da advogada Viviane Paixão que, ao Portal Aracajufest, garantiu não poupar energias na hora de ir às compras escolares e realizar matrículas. De acordo com a consumidora, geralmente ela busca comprar os livros, fardas e até tênis no mesmo local indicado pela escola. Dessa forma, é possível conquistar descontos mais satisfatórios.

“Tenho três filhos que estudam na mesma escola. Busco sempre matricula-los no mesmo dia e comprar as fardas e materiais escolares no mesmo local. Esse tipo de conduta tem ajudado a já no início do ano conseguir uma economia de até R$ 300 para cada filho”, afirmou. Conforme orientado pelo Procon estadual e municipal, os direitos dos consumidores devem ser garantidos como ordena a Constituição Federal. Caso o cliente identifique alguma possível modalidade inconstitucional por parte das escolas ou livrarias, o fato deve ser comunicado ao Procon a fim de evitar a prolongação deste erro comercial. Aqueles que estiverem apresentando preços abusivos podem ser multados, ou ter o estabelecimento interditado até que o ‘equívoco’ seja reparado.

Fonte: Por Milton Júnior (Aracajufest)