O semblante de Júnior ?Cigano? dos Santos é de cansaço. Mas é um cansaço bom. Após dois meses parado por causa de uma lesão, o catarinense radicado na Bahia voltou a treinar e mira a volta ao UFC.
“Tô todo doído aqui. É normal na volta aos treinos. Leva um determinado tempo para o seu corpo se readaptar. Em outubro, faz um ano da minha última luta e isso tem me frustrado muito. Quero voltar logo”, afirmou o ex-campeão dos pesos pesados do UFC, em visita à redação do CORREIO. A última vez que Cigano esteve no octógono foi na derrota – a segunda – para o atual dono do cinturão Cain Velásquez.
Em maio, ele deveria ter lutado em São Paulo contra o croata-americano Stipe Miocic, mas uma fratura no dedão da mão esquerda afastou o brasileiro da luta. No entanto, o sonho dele de lutar no Brasil segue de pé.
Recentemente, Cigano foi aos Estados Unidos conversar com Joe Silva, responsável por casar as lutas do UFC. “Perguntei quando eu estaria apto a lutar, até como uma forma de pressionar um pouco também. Não sou médico, mas acho que estaria apto em novembro”, conta.
Antes da lesão, o lutador havia mudado o seu treinamento, oscilando entre a Bahia, com o treinador Luiz Dórea, e o Rio, com o treinador Dedé Pederneiras, o mesmo de José Aldo, atual campeão dos penas, e de Renan Barão, ex-campeão dos galos. “A intenção de ter ido pro Rio foi pra ter um treino diferente. O professor Dedé é conhecido por ser um bom estrategista e era um pouco disso que ia me ajudar”, explica.
Para recuperar o cinturão dos pesados, Cigano acredita que não só ele, como os outros brasileiros, precisam entender as mudanças no MMA. “A gente está muito no negócio de acreditar no coração ainda, que funciona tudo na tora, na garra. Não é só isso. Tem que ter uma parte estratégica, um treinamento mais pensado para aquele oponente”, disse.
Cigano quer essa mudança de pensamento em breve, de preferência no Brasil. “Participei de alguns eventos aqui, e o público dá uma carga extra de motivação. Eu queria sentir isso também. Ainda quero”.
Fonte: ibahia.com