O perfil epidemiológico das doenças está sendo modificado, torna-se notório a diminuição da incidência de doenças infecciosas e o aumento de doenças crônicas e degenerativas. Dentre essas doenças pode-se destacar Diabetes Mellitus ( DM) que cresce em proporções alarmantes nos quatro cantos do mundo. No ano de 2000, somaram-se 35 milhões de indivíduos com DM nas Américas e a projeção para essa mesma região em 2025 é de 64 milhões. No Brasil, a situação não é diferente, a Sociedade Brasileira de Diabetes registrou um número de sete milhões de brasileiros portadores da doença no ano passado, sendo que 90% sofre de diabetes tipo 2, causada, principalmente, pela obesidade e sedentarismo.
Parece assustador? Nem tanto, traduz um dos riscos que muitas pessoas estão submetendo os próximos anos ou décadas de vida por optarem por um estilo de vida inadequado. Em um levantamento epidemiológico realizado pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo) em parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) da Bahia, aponta que três em cada quatro diabéticos do país não controlam a doença adequadamente e estão com os índices de glicemia alterados.
Existem aquelas doenças que chegam sem avisar, passa um tempo e depois vai embora e a vida volta ao normal, já outras aparecem pra ficar e é preciso lidar com elas para que a convivência não se torne tão dolorosa. É o caso da Diabetes, é preciso aprender a controlar e conviver com ela, para que não venha a causar danos irreversíveis à saúde, como nefropatias, retinopatias, doenças vasculares, entre outros.
Uma alimentação equilibrada é fundamental para que sejam evitados picos de glicemia, melhora da resistência e secreção de insulina. Seguem algumas dicas para prevenir e/ou retardar o desenvolvimento de complicações crônicas, por meio da adequação na ingestão de nutrientes e modificações no estilo de vida:
- Combater e prevenir a obesidade. Cuidado com a gordura visceral ( gordura abdominal ), ela está relacionada a resistência à insulina;
- Fracionamento das refeições, realizar no mínimo 6 refeições. Alimentar-se de 3 em 3 horas;
- As refeições precisam ter variedade, compostas por proteínas, carboidratos, gordura e vitaminas e minerais (frutas, legumes e verduras);
- Ingestão de Fibras e alimentos integrais, bem como seus grãos, melhoram o controle glicêmico;
- Evitar alimentos de alto índice glicêmico. Diminuir carboidratos simples: massas, açúcares, pães, batata, sobremesas, cuscuz, balas, etc. ;
- Evitar a ingestão de gorduras saturadas e trans e preferir gorduras boas, como as presentes no azeite de oliva extra virgem, castanhas, nozes, salmão, sardinha etc;
- Ingestão de Flavonóides, como: suco de uva, vinho tinto ( precisa ser consumido com moderação );
- Fontes de cálcio e vitamina D ( sardinha, gema de ovo, peixes);
- Alimentos fontes de cromo, como: aveia, chia, amaranto, levedo de cerveja, castanhas, amendoin, nozes;
- Alimentos fontes de magnésio, como: folhas verde escuras, alimentos integrais;
- Prática de exercício físico e buscar uma vida menos estressante;
- Evitar bebidas alcoólicas e cigarro;
- Consulte sempre o médico e o nutricionista tanto para prevenção ou para controle da doença;
- Não deixem que a doença se instale para mudar os hábitos de vida, prevenir é o melhor dos tratamentos.
Para mais informações, agende horário com a nutricionista Flávia Rocha: nutricionistaflaviarocha@