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Banda Zé Tramela (Foto: Divulgação)

Com quase 10 anos de estrada, a banda “Zé Tramela” é uma referência de sucesso da boa música sergipana e nordestina. E, sem dúvida, tem um dos vocalistas mais carismáticos e talentosos de Sergipe: Tuka Velloz. O cantor é nosso entrevistado! Ele fala do CD e DVD da Zé que foi gravado no São João e revela, com exclusividade, que a “Zé Tramela” vai tentar participar do programa “Superstar”, reality shows de bandas da Rede Globo de Televisão.

 

Saulo Luiz – A Zé Tramela é uma das bandas mais queridas do Estado. Conte um pouco da história do grupo e de como você se tornou o vocalista.

Tuka Velloz – Fico feliz com o elogio [Risos]. Acho que comecei a cantar como a maioria das pessoas que cantam… Em casa, brincando com a família, os amigos… E aos poucos a brincadeira foi ficando mais séria. Montei uma banda com os amigos da faculdade, do bairro e foi dando certo. Passei por algumas bandas até chegar na Zé que foi uma banda que fundei há quase 10 anos e, graças a Deus, até hoje a gente defende a bandeira do nosso forró.

 

Em 2017 a Zé completará 10 anos. Fiquei sabendo que pretendem lançar um CD e um DVD. O que pode adianta para os internautas do blog? O local da gravação já foi escolhido? E o repertório? Eita! Fiquei empolgado… [Risos]

[Risos] Isso mesmo. Ano que vem a gente completa 10 anos de banda. O nosso DVD já foi gravado e não poderia ter sido em data e local melhor: gravamos no dia de São João, no Arraiá do Povo. Foi lindo, mas só vamos lançar esse DVD no ano que vem, junto com o CD com nossas músicas autorais e todos os outros materiais que vamos preparar em comemoração aos 10 anos da Zé. Até eu estou ansioso mas vamos ter que esperar.

 

Soube também que a Zé Tramela pretende seguir o caminho de Luan Estilizado, Os Gonzagas e, agora, os atuais vendedores Fulô de Mandacaru. A banda vai apostar no programa global Superstar?

Acredito que o sonho de qualquer artista é ter o seu trabalho espalhado pelo mundo. O Superstar é um programa que vem apresentando muitas bandas novas para Brasil inteiro. A Zé já está se preparando e, ano que vem, vamos apostar para ver no que dá. Deseja sorte a gente aí… [Risos]

 

Muitos acreditam que o autêntico forró está voltando com força e o Superstar vem ajudando. Concorda?

Concordo que o Superstar tem dado muita oportunidade a bandas mais tradicionais. O forró pé-de-serra tem seu espaço no programa garantido. Prova disso, que na última edição foi uma banda de forró tradicional que venceu [Fulô de Mandacaru]. Isso nos deixou muito feliz e, sem sobra de dúvidas, fortalece demais o movimento.

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Tuka Velloz (Foto: Divulgação/Arquivo pessoal)

No entanto, recentemente ouvi um áudio no Whatsapp do cantor Flávio José desabafando sobre a redução de shows nos Festejos Juninos, onde deveria predominar o nosso forró. Flávio alegava que o Forró está perdendo espaço para a música sertaneja. Você acha que o som sertanejo está tirando o espaço do forró?

Um estilo não tira o espaço do outro. Quem faz isso são as pessoas…. Nós, brasileiros, somos muito modistas. Já tivemos a febre do “lambadão”, dos “Bondes de funk”, do “axé”… A música raiz, música que representa nossa cultura ele pode dar uma caída, mas não se apaga. Luiz Gonzaga é eterno. Dominguinhos, Trio Nordestino (dentre outros) também…. Não dá para imaginar um São João, uma fogueira, sem as músicas de Luiz. E isso é passado de geração para geração…. Não me surpreenderá quando o pé de serra voltar à tona.

 

Há uns anos raramente tínhamos bandas nordestinas cantando em programas nacionais. Hoje temos as bandas que participaram do Superstar. E Wesley Safadão liderando as paradas de sucesso nacionalmente ao lado de “Aviões do Forró”. Você é um dos cantores mais experientes do show business sergipano, como avalia o crescimento da música nordestina nacionalmente?

Nosso Nordeste é extremamente rico no que se refere à cultura. Quando falamos em música, então, a qualidade e a diversidade impressiona. Temos grandes músicos, grandes intérpretes, vários gêneros…. É natural que esse crescimento aconteça.

 

Hoje em dia as pessoas reclamam muito da crise econômica mundial. Tudo bem! Mas sabemos que o mercado musical sergipano sempre precisou de um incentivo, não é? Como a Zé Tramela faz para persistir no cenário cultural sergipano?

Essa crise existe e afetou quase todos os ramos…. Falando como empresário, é muito complicado se investir em eventos nesse momento inclusive quando sabemos que esses eventos precisam de apoio e patrocínio de outras empresas. Festas que aconteciam todos os anos deixaram de acontecer. Principalmente eventos particulares… Grande parte das prefeituras também estão cancelando eventos por conta dessa crise. Então, é claro que, quanto menos evento menos trabalho para gente…. Mas nós temos nos virado bem… somos uma das poucas bandas no estado que ainda faz o forró tradicional e, como havia dito antes, o repertório que a gente faz não pode faltar em uma festa de São João.

 

Depois do falecimento de Rogério e Clemilda, tenho a sensação que os sergipanos se sentem “órfãos”. Quem são suas referências na música sergipana atualmente? Pode ser uma. E nacionalmente?

Eu adoro os artistas sergipanos… Solo, músico, banda… A gente tem muita coisa boa. Coisa de muita qualidade. E eu sou fã de muitos, busco referência em vários…. Seria até injusto eu citar uns e não citar outros. Nacionalmente, os eternos Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro…

 

Para encerrar, fale um pouco da agenda de shows da Zé.

Encerramos a nossa temporada desse São João 2016 e agora a gente já entra em estúdio, sem descanso, para preparar todo o material e repertório pro nosso novo show “Zé Tramela, 10 anos”. Mas adianto que vai rolar um ensaio de verão, toda semana, com Zé Tramela e convidados no Chê Music Bar. Antes de lançar eu venho aqui passar as informações para você em primeira mão!

 

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