farmaceuticos de aracaju

A necessidade de repassar mais orientações medicamentosas aos usuários do SUS em Aracaju que fazem tratamento contra tuberculose foi enfatizada durante palestra ministrada pela coordenadora Programa Municipal de Controle da Tuberculose, Tânia Santos. A ação aconteceu na manhã desta segunda-feira (23 de fevereiro), no auditório do Centro de Especialidades Médicas (Cemar) do bairro Siqueira Campos e teve por objetivo mobilizar as equipes para um grave problema que é o abandono do tratamento contra tuberculose, uma ação negligente que pode fazer com que pessoas venham a ter avanço significativo da doença e consequentemente vir a óbito.

Durante os debates, Tânia Santos esclareceu que o problema é recorrente e por isso precisa do envolvimento de todos os profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) para ser combatido. ?As situações de abandono estão entre os nossos grandes problemas. Geralmente isso ocorre porque com o tratamento contra tuberculose em dois meses pessoa já se sente bem e acha que já pode parar de tomar os medicamentos e de procurar os profissionais de saúde?, explicou.

?Abandonar o tratamento é um erro porque na realidade com apenas dois meses tomando medicações a pessoa ainda não esta curada. São necessários pelo menos seis meses para concluir o tratamento. Antes disso, alguns bacilos permanecem no organismo e a doença pode retornar se a pessoa interrompe por conta própria as medicações. Por isso, é fundamental instruir os usuários a completarem o tratamento. Só podemos falar em cura quando realizamos avaliação dos exames que é feita seis meses após de iniciado tratamento?, enfatizou a coordenadora.

Tânia Santos observou que embora a doença seja tratável e curável, todos os anos, cerca de 15 a 20 pessoas morrem de tuberculose no Município. ?Isso nos preocupa, assim pedimos que as farmacêuticas também repassassem esse conhecimento. Em caso de suspeitas, ou seja pessoas se queixando de febre, falta de apetite e a tosse constantes, a primeira orientação aos usuários é que devem buscar ajuda nas Unidades de Saúde?, afirmou.

Para tratar a tuberculose, Aracaju conta, em todas as Unidades de Saúde da Família, com a oferta de medicações e profissionais capacitados, já para o diagnóstico são ofertados exames como a baciloscopia e raio X. Os casos mais graves da doença recebem atenção de especialistas no serviço de referência que funciona no Centro de Especialidades Médicas (Cemar) do bairro Siqueira Campos.

A farmacêutica do Nasf, Rafaela Teles, elogiou a iniciativa da mobilização. ?Podemos ver que o tratamento longo e tem que ser orientado para que as medicações sejam tomadas até a conclusão. Durante os atendimentos e ações de educação em saúde, vamos pedir uma atenção a mais dos nossos usuários. O tratamento contra tuberculose é longo e o abandono aumenta o risco de efeitos adversos. Agora vamos buscar ajudar mais esses usuários no esclarecimento da tomada de medicamento?, explicou.

Na sexta-feira (27 de fevereiro), Programa Municipal de Controle da Tuberculose se reunirá mais uma vez com farmacêuticos. O encontro acontecerá as 14h no campus da Unit (Centro).

Fonte: SECOM Aracaju