“Sou+Eu” explora a autoestima humana e conta com a participação de elenco diverso: “A gente tem que se achar”
Gaby Amarantos lançou neste domingo (27) o clipe de Sou+Eu, música assinada por ela e que explora a autoestima humana através da representatividade.
A produção conta com um elenco diverso e que dá voz a vários grupos sociais. Entre os nomes conhecidos estão o cantor e ator Jonathan Azevedo, Rafaela Silva, judoca e campeã olímpica, e Gleici Damasceno, vencedora do BBB18, além da presença de grupos indígenas e Miguel de Jesus Silva, pessoa em situação de rua.
O vídeo foi comandado por Marcelo Sebá, responsável também pela direção artística de Vai Malandra, de Anitta, e as gravações aconteceram em São Paulo.
Em conversa com o R7, a cantora falou do clipe, da escolha do elenco e a importância da presença de índios e negros em todos os setores da sociedade.
Sou+Eu
O clipe é um grito de autoestima e mostra Gaby, e todo o elenco, celebrando esse orgulho. Não faltam cores ao figurino extravagante e alegre — marca da artista paraense.
Sobre o ônibus que aparece no vídeo, a artista contou que foi inspirado em uma história real.
— Aquele ônibus é da minha infância. Nós íamos para um piquenique, e nesse piquenique tinha uma farofada. E tinha uma senhora que entrevistava a gente e cantava com um microfone de coxa de frango, a Dona Négela. Ela era uma cachaceira divertidíssima. Por isso que eu estou cantando com uma coxa de peru. É uma homenagem a ela.
Elenco
O processo de escolha foi acontecendo naturalmente, de acordo com a artista, que contou como foi o convite ao ator Jonathan Azevedo.
— A gente começou pensando que esse elenco todo fosse negro e indígena. Eu estava lendo, pesquisando pessoas que tivessem histórias de vida de superação, e vi uma entrevista do Jonathan Azevedo, que foi a primeira pessoa que eu convidei, falando que o sonho dele era ser galã. Ai eu fale: “Eu vou chamar ele para ser galã no meu clipe”.
Miguel de Jesus Silva, pessoa em situação de rua, em São Paulo, foi convidado pela cantora para participar do vídeo, que falou da importância de oferecer oportunidades a essas pessoas.
— Ele estava em frente ao estúdio quando a gente chegou um dia antes para fazer a montagem. Eu fui para conferir tudo e vi aquela pessoa dormindo na calçada. Aí eu falei: “Vamos convidar ele para participar do clipe”? A gente chamou. Ele estava lindo, todo arrumado. A pessoa só precisa ter uma oportunidade para ser inserida na sociedade. Foi muito especial.
Representatividade
O clipe amplia a ideia de empoderamento feminino e abre espaço para representar diversos grupos sociais.
— Eu sou de uma geração em que a gente não falava sobre isso. A gente não tinha pessoas que eram referênciais. Eu cresci sem referência. Então eu acho que é muito importante para as novas gerações falar do empoderamento feminino, do empoderamento do povo negro, do povo indígena. Falar de representatividade. Eu acho que essa é a palavra que define melhor.
Veja o clipe de Sou+Eu
Fonte: R7, por Ricardo Cruz