Banda formada em 1994 enfrentou mudanças de formação e saída de fundadores mantendo a relevância
Mudanças de formações em banda constituem um perigo para a continuidade com o mesmo sucesso de antes. Principalmente quando há substiuição do vocalista e de membros fundadores que compõem e dão uma característica ao som do grupo.
Superar essa fase costuma ser exceção na história da música. O Jammil, sucesso no axé baiano no início dos anos 2000, é um dos casos do estilo que conseguiu esse feito.
Com a saída dos integrantes e fundadores Manno Góes, Roberto Espínola e Tuca Fernandes entre 2011 e 2013, a banda continuou na ativa e com relevância.
Nesta fase, quem assumiu os vocais e composições foi Levi Lima, que trouxe uma sonoridade diferente, projetos que conectam o Jammil a pautas ecológicas e trilha sonoras em novelas como I Love Paraisópolis (Você é Tudo na Minha Vida) e Salve Jorge (Celebrar).
Ao todo, já são sete músicas em folhetins da Globo. Para o cantor, essa é uma chance de entrar na casas das pessoas, que muitas vezes o rádio não proporciona.
— A dramaturgia ainda é muito ligada à divulgação de músicas. Ter uma faixa em trilha conta bastante e dá mais certo se compusermos algo que tenha ligação com a trama.
— Temos zero preocupação com isso. Eu quero que a música fique na vida do fã para sempre e não que seja lembrada por um ano específico. A partir do momento que um novo vocalista assume uma banda, ele precisa ter liberdade. Se for só um contratado que não administra nada no posto, não passa credibilidade e acaba dando errado.
Outro posicionamento de Levi Lima para o Jammil é a decisão de nunca deixar de desfilar em blocos sem corda (a famosa pipoca) durante o Carnaval. Neste ano, a banda se apresenta nesse formato no próximo dia 8 no circuito Barra-Ondina.
— Carnaval é um negócio, mas também é popular. Tem que ser acessível para todos. Se não, elitiza uma manifestação popular.
Fonte: R7, por Helder Maldonado