Felipe Heiderich usou as redes sociais, nesta quarta-feira (13), para se defender das acusações de abuso sexual de seu enteado, de 5 anos de idade. Após deixar a prisão por decisão da Justiça, o ex-marido de Bianca Toledo deu sua versão sobre a polêmica.

“[…] Sempre achei que todo mundo era inocente até que se provasse o contrário, mas o que vivi nesses últimos dias e semanas é que todos são culpados até que se prove o contrário. Assim como vocês, fiquei em choque com tudo o que foi dito a meu respeito e todas as acusações”, iniciou.

De cabeça raspada e com a barba por fazer, o pastor contou como foi parar atrás das grades.

“Até dia 12 [de junho], eu estava em família, feliz, ministrando na igreja com a criança que mais amei nessa vida, que ajudei a criar com minha esposa [Bianca]. E no dia 14 sou comunicado por ela de que ela havia descoberto que sou homossexual e pedófilo. Ela pegou, saiu de casa com meu filho e ali começaram os piores dias da minha vida”, afirmou.

Com a voz embargada, o religioso disse que foi fraco e não soube lidar com a situação. “Eu não sei quem, em sã consciência, saberia lidar com o choque de saber que a criança que ama estava sendo abusada por alguém. Segundo, essa pessoa ser você. Eu chorei muito nesse dia, eu li a Bíblia… Eu peguei dois vidros de Rivotril [calmante], um estava completamente vazio e outro pela metade, virei esse que estava pela metade e deixei o outro. Não porque eu queria me matar, mas eu queria dormir, achar que aquilo era algo da minha mente, um equívoco qualquer […] Só que os funcionários de casa chegaram, me viram sonolento, viram os frascos do remédio, eles entenderam que eu tinha tentado suicídio, me levaram para a UPA [Unidade de Pronto Atendimento] na Barra da Tijuca.”

Heiderich disse ainda que foi hostilizado nas ruas depois que a notícia se espalhou pelos meios de comunicação.

“Eu fui acusado, julgado, maltratado, linchado, e ninguém sequer me deu o benefício da dúvida. É por isso que quero pedir perdão à igreja de Deus. Talvez muitos na fé que me acompanham tenham sido enfraquecidos, mas me entendam, desculpe, essa nunca foi a intenção […] É um misto de dor, porque é um momento de fragilidade, de confusão, mas ainda é um momento que eu preciso ser forte para perdoar.”

Felipe contou ainda como foram os dias que passou internado em uma clínica psiquiátrica antes de ser levado para o presídio, em Bangu.

“[…] Foram oito dias de terror, sem atendimento, sem explicação. Até que minha mãe descobriu onde eu estava e resolveu me resgatar. A minha esposa levou um advogado na clínica e me ameaçou pedindo a anulação do casamento. Um divórcio consensual abrindo mão de tudo. Sabe o que eu disse? Eu disse que não iria assinar e o advogado falou: ‘Você só tem a perder com isso’. E eu: ‘Não, eu sou só tenho a ganhar. É o tempo que eu tenho de orar a Deus e mostrar para ela que isso tudo é uma loucura’. Porque eu não consigo acreditar em tudo isso. Não faz sentido. Só quem caminhou comigo sabe quanto amor eu dediquei, só quem viu os nossos vídeos sabe como eu olhava, só quem convivia sabia como eu admirava. Pois eu descobri que não era assim”, relatou.

O pastor disse também que disponibilizou seus computadores e senhas para investigação da polícia antes de ser preso.

“[…] Meu rosto rodou o mundo como pedófilo. Fui acusado, julgado, sentenciado. Gritavam meu nome na rua: ‘Morre!’ Sofri as penalidades na prisão”, lamentou.

Por fim, Felipe agradeceu o apoio que recebeu de seus amigos pastores e dos familiares.

“Deus abençoe sua vida e o meu advogado vai dar alguns pronunciamentos em meu nome. Obrigada pelos pastores do Brasil, pelos líderes que mandaram mensagens dizendo que estavam orando por mim. Obrigada pela minha família. Minha família nunca foi exemplo de unidade, mas pela primeira vez estou vendo a família unida orando por mim”, completou.

 

Confira a declaração na integra:

Fonte: Famosidades