Foco das últimas horas é evitar que furem fila, esquecer das polêmicas que cercam o cantor e segurar a emoção.

 

Lohanna Borges diante das barracas que se multiplicaram nos últimos dias: clima amistoso
(Foto: Lohanna Borges/Arquivo pessoal)

Depois de cinco meses acampados embaixo de sol, chuva, carnaval e olhares enviesados do tipo “o que esses desocupados estão fazendo aí”, está chegando a hora dos fãs de Justin Bieber verem de pertinho o show que o ídolo teen vai fazer na quarta-feira, 29, na Marquês de Sapucaí, no Rio.
Nesta terça-feira, 28, o EGO foi conversar com alguns deles para saber como está a expectativa para o grande dia. Além da adrenalina a mil, existem algumas providências de ordem prática para a turma que está acampada no local desde novembro e a primeira delas é evitar que engraçadinhos furem fila.
“Nem me fale! Choro toda hora. Não estou aguentando de ansiedade. Chegou muita gente, agora tem umas 700 pessoas na fila, está superanimado, mas quem chegou depois está no final”, conta Suzana Vidal, de 18 anos, que faz parte do grupo acampado desde novembro, e que só deixou o local para ir ao aeroporto para tirar fotos com alguns dançarinos da turnê de Bieber que chegaram no sábado, 25.

Ela diz ainda que conta com a ajuda dos seguranças da Apoteose para manter a ordem da fila do local.

“Todos os seguranças da Apoteose nos conhecem. Sabem quem está aqui desde o começo no esquema de revezamento. Eles estão ajudando a manter a ordem. Mas estão respeitando”, conta ela, acrescentando ainda que grades foram colocadas na fila na segunda-feira, 27.
Suzana conta que de um modo geral o clima é amistoso e a galera tenta passar as últimas horas cantando e interagindo para fazer amizade. A opinião é compartilhada por Lohanna Borges, de 19 anos, que acha que o clima agora é de festa.

“Acho que antes tinha mais competição. Hoje estamos todos em festa (veja vídeo abaixo), ansiosos para o show. Mas ainda assim estamos de olhos abertos. Temos tudo anotado como horários e dias para provar que cada um estava aqui acampando”, diz Lohanna que é enfática também na hora de defender Bieber sobre a polêmica em torno de um pixação feita no Rio de Janeiro da outra vez que ele esteve por aqui. O caso ainda rende na Justiça.

“Se fosse outro alguém, não intimariam. Mas, como se trata do Justin Bieber, eles caem em cima. Mas Justin tem total consciência disso, acredito no potencial e na responsabilidade do meu ídolo, ele vai cumprir com o que for decidido”, diz ela decidida e orgulhosa.

Dylann Conner: trabalho X Bieber

Ansiedade e drama no trabalho
Outro que está louco para ver Bieber é Dylann Conner, de 20 anos. A euforia é tanta que Dylann está até disposto a faltar ao trabalho. Ele trabalha como estoquista em uma empresa em Paracambi, município da região metropolitana do Rio, que fica a 78 km da capital, onde também mora. Ele é um dos acampados da Apoteose – na verdade só o faz nos fins de semana, quando não trabalha – , mas já avisou que não vai conseguir chegar para trabalhar na quinta, 30, depois do show.

“Serei punido com descontos de produção e posso perder o emprego. Meu supervisor sabe que vou faltar na quarta – dia do show -, mas ele me quer lá na quinta. Vou tentar ir, mas vai ser muito difícil porque pego muito cedo no trabalho e, mesmo que pegue o primeiro ônibus para voltar para a minha cidade, não sei se consigo chegar”, diz ele resignado, mas feliz por ver o ídolo de pertinho pela primeira vez.

Clima é amistoso (Foto: Suzana Vidal/Arquivo pessoal)
Filas de barracas dos fãs de Bieber se multiplicam na Sapucaí (Foto: Suzana Vidal/Arquivo pessoal)
Suzana Vidal no aeroporto (Foto: Suzana Vidal/Arquivo pessoal)

Fonte: Ego