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‘Cada cor simboliza uma coisa. Como quero de tudo um pouco, passo livre, leve e solta. Deixo a pomba gira livre’, conta a ex-BBB em ensaio.

Natalia Casassola chega igual a um furacão à casa na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, para posar para um ensaio de moda do EGO mostrando opções de lingeries para usar na virada do ano. De camiseta, shortinho, cabelo bagunçado e sem um pingo de maquiagem, a ex-BBB entra porta adentro na cozinha e já vai logo colocando uma garrafa de champanhe no freezer. A funcionária da residência mal tem tempo de reagir e a loira já abre a boca, solta uma sonora gargalhada e diz, com o fortíssimo sotaque de Passo Fundo, no interior do Rio Grande do Sul: “Tudo bem, flor? Vou colocar aqui pra gelar, tá?”

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Passado o susto com a falta de formalidades, rapidamente dá para perceber que o jeito expansivo e sem rodeios de Natalia se aplica a tudo: durante as cinco horas seguintes, tempo que durou a sessão de fotos, ela circulou de lingerie por quase todos os cômodos da casa, fez amizade com a equipe inteira e ainda brincou com a cachorrinha de estimação dos donos da residência.

Não é de se espantar, portanto, que essa atitude despudorada influencie até a escolha da roupa íntima que a ex-BBB irá usar no réveillon – ou, neste caso, a falta de.

“Sou supersticiosa, mas não uso nenhuma cor, sempre passo sem nada por baixo da roupa porque deixo na mão de Deus. Cada cor simboliza uma coisa. Como quero de tudo um pouco, passo livre, leve e solta. Deixo a pomba gira livre, não uso nem lingerie branca, que é para não atrapalhar nada”, diz ela, na maior naturalidade. Quando o assunto é roupa, ela sabe bem o que quer atrair para o próximo ano. “Meu look é sempre amarelo ou dourado. Por enquanto, não tenho pretensão nenhuma de engravidar ou de me casar, então continuo focada em atrair mais a parte financeira do que a sentimental”, conta, aos risos.

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‘À meia-noite, choro igual retardada’

Apesar de ainda não ter planos de onde irá passar a virada do ano, a ex-BBB já sabe que pelo menos uma tradição irá cumprir.

“Sempre que dá meia-noite choro igual a uma retardada! Fico uma meia hora chorando, meus amigos já estão até acostumados. No último ano, passei a virada em Trancoso. Pouco antes de meia-noite, falei para os meus amigos: ?Gente, vou começar a chorar, mas não se preocupem, é assim mesmo, tá?? Os últimos oito, nove anos da minha vida foram tão bons que é choro de felicidade mesmo, sabe? A virada do ano para mim é como se passasse o capítulo, e como os últimos capítulos foram tão bons, não consigo não chorar”.

E 2015 é mais um ano em que Natalia só tem motivos para comemorar. “Deu tudo certo! Lógico que a vida de ninguém é um mar de rosas, mas posso dizer que cheguei em dezembro e consegui fazer tudo que tinha planejado para esse ano.

Finalmente comprei o terreno e comecei a construção da minha pousada na Praia do Rosa, no Sul, e consegui fazer isso sozinha e sem me desestabilizar financeiramente. Comprar um terreno e fazer a construção desse projeto é uma coisa que demanda muito dinheiro e, ao mesmo tempo, tem que ter controle, porque não adianta conseguir comprar tudo e também zerar a conta, né?”.

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‘Sou muito controlada com dinheiro’

Para quem ganhou fama de “louca” e “descontrolada” desde que participou do “Big Brother Brasil”, em 2008, após os 30 anos de idade, completados em julho deste ano, Natalia tem se mostrado mais madura – nem que seja um pouco.

“Amor, quando comprei o terreno da casa onde moro, não tinha água, luz e nem a rua tinha nome. Tudo que tem lá agora fui eu que botei. Desde quando participei pela primeira vez do programa, em 2008, venho juntando dinheiro. Mas a questão não é quanto cada um ganha ou não. Do mesmo jeito que você pode ganhar rios de dinheiro, pode gastar tudo também. Sou louca com meus amigos, nas festas, mas na hora que tem que falar sério e cuidar das coisas, eu cuido”, afirma.

“Falo brincando que tenho um ‘caixa dois’. Por exemplo, tudo que ganho por mês, tenho uma meta de guardar X para a pousada, Y para colocar na poupança e aí o que sobra é o que posso gastar. As pessoas não acreditam, só veem Natalia, ‘a louca’, mas sou muito controlada com dinheiro. Faço tudo sozinha”.

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‘Estou muito melhor que aos 20 anos’

Enquanto algumas mulheres entram em crise quando passam a integrar a turma das balzaquianas, Natalia diz que não tem do que reclamar.

“Estou muito melhor agora do que aos 20 anos. Agora tenho megahair, silicone, comprei minha casa e meu carro, estou com a pele melhor, até aderi ao pompoarismo… Talvez tivesse crise se começasse a ter cabelo branco, mas até nisso tenho tido sorte”, diverte-se.

Apesar disso, ela não é do tipo supervaidosa: “Não vou acordar mais cedo para me maquiar ou pentear o cabelo. Faço o básico, passo xampu e condicionador durante o banho e olhe lá. No máximo, um creminho antes de dormir, mas mesmo assim passo uns dias e depois esqueço. Acho que minhas únicas vaidades são mesmo o megahair, que troco de dois em dois meses, e o botox, que aplico no canto dos olhos uma vez por ano. Fora isso, nada. Nem suplemento para ir à academia”.

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‘De exercício de rotina mesmo, só beber cerveja’

A boa forma, nesse sentido, é graças à genética – ela é fruto da mistura de uma índia com um italiano. “Quando estou em Florianópolis, vou à academia todo dia e faço uma hora de bicicleta ou spinning. Mas na maioria das vezes estou viajando e aí fico com preguiça. De exercício de rotina mesmo, só beber cerveja”, diz, aos risos. Questionada pelo repórter de que beber cerveja não conta como exercício, ela responde, em tom sacana: “Depende da quantidade! Não bebo todos os dias, mas um dia sim, o outro não. Um vinho no almoço ou um champanhe para conversar com os amigos também cai bem”, brinca.

Musa da Acadêmicos da Rocinha para o carnaval de 2016, Natalia diz que se recusa a aderir aos programas de treinamento especial que são unanimidade entre musas e rainhas de bateria nos meses que antecedem a folia. “Não vou sair na avenida parecendo um pônei, toda musculosa. Vou desfilar representando a mulher brasileira e ponto final. Lógico que um mês e pouco antes do desfile vou tentar dar uma segurada, fechar um pouco mais a boca, mas não vou passar fome e nem me tacar na academia”, afirma.

“Não tenho neurose. Não como fritura no dia a dia, por exemplo, mas quando saio da balada, a primeira coisa que quero comer é um cachorro-quente”, assume. “No dia a dia, evito fritura, refrigerante e barras de chocolate, mas porque não gosto mesmo, não por dieta. Até porque adoro doces: bolo de laranja com calda de chocolate, tortinha de limão, essas coisas”, completa.

“Se eu começar a engordar quando chegar aos 40, aí vou parar e pensar nisso. Não vou ficar me matando ou me crucificando agora por um negócio que, talvez, possa um dia vir a acontecer. Meu negócio é viver o presente.”

Fonte:ego.globo.com