Na próxima quinta-feira, feriado de 7 de setembro, a Orquestra Sinfônica de Sergipe, sob a regência de seu diretor artístico, o maestro Guilherme Mannis, retoma o projeto ‘Cantos do Brasil’, com a realização de um concerto inteiramente dedicado à música nacional. Nesta edição, a diversidade de épocas e estilos é destaque, com a performance de obras dos compositores cariocas José Maurício Nunes Garcia e Pixinguinha (em parceria com o Instituto Moreira Salles), do campineiro Carlos Gomes, do cearense Alberto Nepomuceno e dos sergipanos Fabiano Santana e Francisco e Ceciliano Avelino. O concerto, com início às 20 horas, será realizado no Teatro Tobias Barreto. Os ingressos, a preços populares, já estão disponíveis em sua bilheteria. A Orsse é uma realização do Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap).
 
O estabelecimento de parceria com o Instituto Moreira Salles (Bia Paes Leme) possibilitou ao grupo a interpretação de três arranjos originais de obras de Pixinguinha, concebidos pelo próprio compositor para sua orquestra de rádio, nas décadas de 1940 e 1950. Será interpretada uma fantasia sobre sua mais conhecida obra, “Carinhoso”, além de dois de seus choros mais famosos: “Assim é que é” e “Lamentos”.

Além da valorização da cultura brasileira, resgatar grandes marcos da cultura local tem sido uma das vocações da Orquestra Sinfônica de Sergipe. Com o auxílio dos pesquisadores Thaís Rabelo (Codap-UFS) e Jair Maciel (Orsse), o grupo tem abordado repertório sergipano do final do século XIX e início do século XX, realizando versões sinfônicas de obras-chave do repertório musical local do período. Como exemplos, serão apresentadas a Valsa “Elphídia”, de Francisco Avelino (1848-1914), e a “Phantasia Salada de Fructas”, de seu filho, Ceciliano Avelino (1877-1963). Em relação ao repertório sergipano, será também apresentada a bela peça “Sergipanidade”, do compositor e violinista da Orsse Fabiano Santana, de inspiração armorial.

Completam o concerto três grandes grandes obras sinfônicas nacionais: “Alvorada”, da ópera Lo Schiavo, de Antônio Carlos Gomes; “Abertura Zemira”, de José Maurício Nunes Garcia; e o “Garatuja”, de Alberto Nepomuceno.

“O Brasil é um caleidoscópio de belezas musicais. Da herança da ópera europeia à música indígena, passando por nossa enorme influência africana: tudo é perceptível nessa música capaz de tocar nossa alma. Viver a nossa música é reencontrarmos com nossas raízes”, comenta o maestro Guilherme Mannis sobre a apresentação.