Pediatria

Com a proximidade do inverno e a mudança de temperatura, a Unidade Pediátrica do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) dobra o número de atendimento a crianças com sintomas de gripe, febre, dor no corpo, tosse seca, nariz entupido, pneumonia, bronquite, entre outras doenças respiratórias que sempre aumentam neste período frio.


Com uma média de 250 atendimentos ao dia na pediatria do Huse, nos meses de maio, junho e julho, esse número chega a dobrar com os pais em busca de atendimento de urgência e emergência para os filhos. A maioria com os sintomas típicos do período. Somente de janeiro a abril deste ano, 2.125 pacientes infantis foram atendidos por causa de resfriados.

De acordo com a coordenadora da pediatria do Huse, Cristiane Barreto, muitos casos simples ainda continuam sendo levados aos hospitais sem necessidade.

?Já temos uma demanda diária bastante razoável. Nesse período do inverno, essa demanda é dobrada. Os pais devem atentar para casos simples que não necessitam ir para uma unidade de saúde. Um antitérmico que já tenha sido prescrito anteriormente por um médico pode ser utilizado, por exemplo, para baixar uma febre ou dores no corpo. Se os sintomas persistirem, aí sim, os pais devem levar a criança à unidade mais próxima?, afirma.
Foi o que ocorreu com o pequeno Isac Samuel Bispo, 1 ano e 5 meses. Ele estava com um quadro de insuficiência respiratória e chegou à unidade acompanhado pela mãe, a estudante Raquel Bispo. ?Ele fica assim todas as vezes que o tempo muda. Vem as alergias e os problemas respiratórios. Fico muito preocupada e levo logo ao médico, pois com essa falta de ar constante não dá para brincar?, explicou.

Com um quadro de pneumonia, a paciente Brenda Barbosa, de 1 ano, está internada nas dependências do hospital pediátrico há cinco dias. De acordo com a mãe, a estudante Tamara Naiara Ramos, a pequena estava com uma tosse muito forte e a febre não baixava. ?Fui três vezes para outra unidade de saúde que só passava um remédio e não faziam o exame para saber o que minha filha tinha. Ficavam dizendo que era uma virose, até que resolvi vir para o Huse e aqui descobriram o quadro de pneumonia na minha filha. Ela está melhor tomando os remédios certos e fazendo os exames?, enfatizou.

Outra dica importante é prestar atenção na falta de apetite e no mal estar. ?Como muitos são pequenos ainda não sabem contar o que estão sentindo, então os pais devem ficar atentos a essa mudança de comportamento da criança para agir o mais rápido possível. O período considerado crítico aqui na pediatria ainda não começou, mas estaremos preparados em prestar o atendimento com a mesma qualidade caso o fluxo venha aumentar?, declarou a coordenadora Cristiane Barreto.

Fonte: G1 Sergipe