Que mãe nunca se martirizou por seu filho não se alimentar bem? A partir dos dois anos de idade a maioria das crianças é liberada para consumir com uma maior variedade de alimentos, mas muitas vezes, é aí que o problema começa. Pelo menos foi assim por aqui.

Com a maior variedade de opções, Antônio começou a ficar mais seletivo. Enjoou de frutas, legumes e verduras. Estas últimas, por exemplo, hoje em dia só escondendo no prato ou incluindo no preparo de outros alimentos, como feijão e arroz. Frutas ele não está comendo de jeito nenhum. A escola está até com uma campanha legal para incentivar o consumo delas entre as crianças, mas a resposta sobre a aceitação do meu pimpolho tem sido sempre a mesma: não quis.

De acordo com uma reportagem da Revista Superinteressante, “a percepção dos alimentos muda durante a vida. Crianças têm preferência natural por doce. É uma herança do primeiro alimento, o leite materno. Verduras? Difícil. O arrepio que você sentia frente a uma suculenta couve-flor tem nome: neofobia alimentar, ou seja, medo de experimentar um sabor novo. É uma proteção natural do organismo contra possíveis alimentos danosos”.

E para muitas de nós, mães, essa neofobia é perceptível diariamente. Experimentar um novo alimento pode ser um sacrifício para eles e uma dor de cabeça para nós. Uma das minhas mais claras lembranças da infância era a insistência da minha mãe para que eu experimentasse algo novo, principalmente verduras e legumes. Eu não queria de jeito nenhum. Antônio é do mesmo jeito. Até um salgadinho, em festas de aniversário, eu preciso insistir para que ele prove porque, do contrário, ele só come pão de queijo e brigadeiro.

Mas como agir nestas situações? Estudos mostram que a nossa atitude em relação ao comportamento da criança terá um grande impacto no seu desenvolvimento alimentar. Assim, para estimular uma dieta rica em alimentos saudáveis, é importante ter em mente que precisamos incentivar ou coibir todos os tipos de alimentos da mesma forma. Além disso, alimentos consumidos em situações prazerosas têm um efeito muito mais positivo na formação do paladar da criança.

Vale destacar ainda que a neofobia geralmente diminui quando a criança se aproxima de cinco ou seis anos de idade e todo esse desgaste na hora da alimentação deve reduzir também. E por aí, como está sendo a alimentação do seu pequeno?