Ingrid Seemann
Jornalista/ Consultora de Imagem
No mundo da moda nós estamos familiarizados com muitos termos, porém nem sempre sabemos a origem, ou que realmente significa. Confesso, que muitas coisas, essa jornalista que ama moda, não estava tão por dentro do que alguns termos significavam, então nas minhas pesquisas descobri coisas bem interessantes, e todo conhecimento é válido para compartilhar não é mesmo?
Dito isso, vamos mergulhar um pouco na história da moda?
Vem comigo!
Alta Costura
Esse termo nós já ouvimos falar bastante, principalmente quando a premiação do Oscar vai chegando, os entusiastas do mundo da moda, ou pessoas comuns, como você e eu, ficamos ligadas para ver os looks que as grandes personalidades irão usar, não só nessa premiação, mas nos eventos de gala. E nesses eventos é necessária uma combinação poderosa, como as roupas de alta costura.
A Alta Costura nasceu na França, particularmente na sua capital Paris, e significa criar modelos exclusivos para serem confeccionados com materiais luxuosos. Essa ideia partiu do inglês Charles Frederic Worth, em 1857. Worth, morando em Londres trabalhava numa loja de tecidos e aos 20 anos foi para Paris e lá se empregou também numa loja de tecidos, onde permaneceu por 12 anos. Casou-se e sua musa inspiradora era sua esposa Maria Vernet, para quem realizou muitas de suas criações. Foi seu inicio como criador de moda. Com visão empreendedora e publicitária, ele apresentava seus modelos exclusivos por mulheres jovens, o que mais na frente seriam as modelos/manequins, seu sucesso foi rápido, colaborando para que a moda ficasse sob o domínio dos costureiros parisienses.
A moda assim criada logo atingiu o nível de arte, copiada por costureiras, e confeccionadas com outros tipos de material e mão de obra. O tipo do tecido também traz a elegância e exclusividade que a alta costura remete. De toda forma, nos laboratórios de elegância novas ideias eram lançadas e acatadas. A engrenagem que movimenta nossa moda atual começava a se formar.
Prêt-à- porter ( pronta para usar)
Pegando o gancho da revolução da alta costura no mundo da moda, como por exemplo, usar outros tecidos, e copiar das revistas modelos de renomados estilistas, nasce a o termo Prêt-à- porter.
Em 1935, surge o náilon, e estreou de maneira triunfante no mundo da moda, pela sua praticidade. O fato de a roupa não amassar e, depois de lavada, não precisar ser repassada era o grande chamariz.
Em 1949, o francês Robert Weill e seu filho Jean-Claude, que trabalhavam numa empresa de confecção da família, lançaram a expressão prêt-a- porter, cuja tradução literal é pronta para usar, mas que tem o significado mais amplo de roupa industrializada e acessível a todos. Ou seja, seguir a moda deixou de ser privilégio da elite. A facilidade em encontrar os últimos lançamentos prontos para vestir “fez a cabeça” da sociedade da época, que mesmo não fazendo da parte da elite, estavam se vestindo como grandes personalidades do cinema, e da própria elite, a moda foi democratizada à todas as classes sociais. Rapazes espertos esses Weills, não é verdade?!?! Com certeza, nós, mortais e com muito bom gosto agradecemos rsrs
Prêt-à- porter nada mais é do que nossa roupa “sagrada” do dia-a-dia, são as tendências prontas para usar de grandes marcas.
Helanca, acrílico, tergal, lycra, foram vários tecidos que incentivaram o consumo mundial, nunca esquecendo o fenômeno chamado jeans. Novas ideias passaram a ser lançadas a cada estação, estimulando a concorrência internacional nesse mercado.
