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Na última sexta-feira, 03 de Outubro, o juiz auxiliar da Execução do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 20ª Região, Antônio Francisco de Andrade, decretou a indisponibilidade de todos os bens do grupo Bomfim e dos respectivos sócios.

Com a decisão, fica proibida a alienação ou repasse de bens para terceiros até o pagamento total das dívidas. De acordo com o TRT, as execuções trabalhistas contra as empresas do grupo Bomfim que estavam sendo processadas nas Varas do Trabalho de Aracaju foram reunidas no Juízo Auxiliar da Execução – JAE. A dívida do grupo já se aproxima dos R$ 50 milhões, mas até agora apenas uma parte da garagem foi arrematada em leilão, sendo possível a quitação de 10% da dívida. A fazenda Boa Luz e outras partes do terreno da garagem continuam penhorados, devendo serem postos à venda nos próximos leilões unificados da Justiça do Trabalho.

Em menos de três meses, a Viação Senhor do Bomfim encerrou suas atividades na cidade de Salvador; e a Empresa Senhor do Bomfim, que operava transporte interestadual de passageiros no Nordeste, transferiu suas linhas para as empresas Viação Águia Branca e Rota.

A justiça do trabalho tem o entendimento de que o grupo tenta se desfazer de bens para não ter como pagar as dívidas trabalhistas.

As empresas que compõem o Grupo Bomfim são a Viação Senhor do Bomfim; Viação Santa Maria; Administradora e Gestão Santo Antônio; Viação Cidade Histórica; Gyros Gestão Empresarial; LM Transportes e Pneus; SP Transportes e Turismo; LA Empreendimentos e Participação; Vetor 8 Comunicações Imediatas; Express Participações; LA Pneus e Serviços; CGL Empreendimentos e Participações; Benfeita Agropastoril e Empreendimentos e JL Empreendimentos e Participação; Indústria e Comércio de Bebidas Jardim das Laranjeiras; Empresa MS; Gilider Administração de Empreendimentos Eireli; São Cristóvão Transportes; Viação São Pedro; Viação Cidade de Aracaju; Bomfim Empresa Senhor do Bomfim; LM3 Holding; Bomfim Cargas e Encomendas; Bomfim Tour Locações e Turismo; Hotel Fazenda Boa Luz e Bomfim Transportes.

O Grupo Bomfim justificou as demissões dos motoristas e cobradores afirmando que sofreu perdas financeiras após deixar de operar 16 linhas interestaduais em Sergipe por determinação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Por: Milton Júnior (Aracajufest)