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No último sábado, (02 de Agosto), Aracaju recebeu o evento vipadissímo, a Illuminatty que inaugurou um novo conceito de festas na cidade. Com lotação total da sua capacidade o evento apresentou aos aracajuanos o DJ europeu Rodrigo Bouzon. Ele está há pouco tempo em cena, mas já marcou o seu nome. Com 22 anos e residindo a 10 na capital baiana, também produz eventos e é apaixonado pela música desde a infância, trazendo em seu som a sua identidade.

Após chegar com grande estilo a terra dos cajueiros, Rodrigo conta um pouco da sua relação com Sergipe, carreira e projetos. ?Eu acho que a principal habilidade na verdade não é uma habilidade, quando o DJ sente o que a pista está querendo e toca aquela música que sabe que todo mundo queria ouvir, esse sim é um bom DJ. É o DJ com o chamado “feeling”, e eu não considero isso uma habilidade, considero isso um dom?.

Desde já gostaríamos de te agradecer por aceitar nosso convite e começar o nosso papo com uma pergunta meio retrô e clichê, porém indispensável, que é; Como surgiu o seu interesse pela música e como foram os primeiros passos da sua carreira, o primeiro clube e a primeira festa?

Olá Daiany, tudo bem? Eu que agradeço a você pela oportunidade de estar falando um pouco mais sobre mim e meu trabalho. Minha paixão por música eletrônica veio de infância, meus pais sempre ouviram muita música pop que envolve um pouco de música eletrônica, mas creio que a certeza de minha paixão foi quando minha irmã mais velha começou a viajar pra Europa e sempre trazia cd’s de música eletrônica que, naquela época, demoravam mais de um ano pra chegar por aqui e eu ouvia o dia todo sem parar. O início de minha carreira foi algo muito natural, eu, além de Dj, sou produtor de eventos, e produzia já antes de tocar, e, às vezes, nos finais de meus eventos alguns amigos me convidavam pra tocar com eles por diversão. Daí de tanto os amigos presentes e alguns clientes me elogiarem quando eu tocava, resolvi tentar me arriscar nessa carreira e, graças a Deus, tem dado cada vez mais certo.

Sendo você de origem europeia, Quais são suas influências musicais? Qual o segredo da Holanda, Inglaterra; países europeus em geral?

A quantidade de DJs que existem lá é impressionante. Quando construo os meus set’s, costumo colocar muito rock ? som que eu sempre gostei muito desde a infância ?, você sempre irá ouvir um remix de Red Hot Chilli Peppers, Linkin Park, Oasis, que são bandas que marcaram época e suas músicas marcaram momentos da vida de algumas pessoas, então quando toca esse tipo de remix, passa toda uma história na cabeça da pessoa, desperta sentimentos antigos, boas lembranças, emoções e acho que o meu trabalho ali em cima é exatamente esse: fazer com que as pessoas tenham um momento de alegria!

Alguns DJs focam mais nas músicas, em lançar álbuns e você parece focar mais seu trabalho nas performances, em criar experiências únicas. É isso mesmo?

Eu tiro um pouco de tempo pra cada. O meu momento agora é de tocar e criar essas experiências únicas, estudar o que o público recepciona bem e o que não, mas logo, logo estarei produzindo algumas coisas pra poder voltar a testar de volta com o público.

Já que você mora na terra do Carnaval, o que achou a participação de DJ´s internacionalmente conhecidos nas noites de folia baiana, agregou? Gostaria de tocar no carnaval de Salvador?

A vinda de Dj’s mundialmente conhecidos agrega e MUITO na cena eletrônica daqui e na de qualquer lugar, principalmente por estar criando a curiosidade de pessoas que não curtem esse estilo de música e as levam para conhecer essa cultura tão vasta e enriquecedora, e como vem acontecendo com a maioria do mundo, as pessoas ao chegarem em um evento onde a música desperta sentimentos que poucas despertam, ao olhar pros lados e ver todo mundo com o mesmo intuito de se divertir em paz, geralmente se apaixonam, daí vem o que muitos chamam de “febre eletrônica”. Toquei no carnaval desse ano pela primeira vez, em praça pública pra milhares de pessoas, foi uma experiência única que nunca vou esquecer!

Qual a principal habilidade que um DJ deve ter? Qual música está no seu Set do começo da sua carreira até hoje? A sua apresentação na Illuminatty foi seu ponto de partida para conquistar Sergipe?

Remixes das melhores bandas de rock’s sempre estarão em meu set. Quanto ao ponto de partida, dei há alguns meses no One Lounge, casa que gosto muito e pretendo voltar sempre que puder, mas creio que pela Iluminaty ter sido um evento maior e de uma expressão social maior também, foi mais que um ponta pé inicial, foi um grande empurrão (risos).

Muita gente no Twitter e no Facebook está animada com sua volta na próxima. Esse reencontro tá próximo?

Bem, estou disposto e muito ansioso pra voltar a essa terra que costumo brincar de chamar de minha segunda casa. Gosto muito da energia positiva das pessoas, a entrega do público do início ao fim do evento dançando sem parar. Quanto à próxima edição, deixo essa pergunta para os produtores do evento.

Quando você estava ali tocando para aquela multidão e percebeu que todos estavam correspondendo e interagindo com diversos gestos positivos, o que passou por sua cabeça?

Passa muita coisa, mas principalmente uma satisfação por tantas dificuldades que passei no comecinho de carreira, preconceito por acharem que ia ser o “DJ bonitinho que não toca nada” e outros absurdos que eu já ouvi. Mas, graças a Deus, na medida em que o tempo foi passando, as pessoas foram conhecendo o meu trabalho, fui ganhando meu espaço e calando a boca daqueles que têm o hábito de criticar sem ao menos conhecer.

Quais Dj?s da cena Brasileira que você admira? O que o DJ Rodrigo Bouzon vem aprontando pra galera? E seus planos para o futuro? Entre eles está dominação nacional?

Admiro MUITOS Dj’s brasileiros. Viktor Mora, Mario Fischetti, Fabricio Peçanha, colegas meus de Salvador como Root’s, os integrantes do Press On e muuuitos outros. Somos extremamente bem representados tanto nas pickup’s como nas telas dos computadores criando música. Estou criando um evento muito bacana chamado DANS. E que será lançado dia 30 de Agosto em Salvador, onde trago um mix de conceitos diferentes, formando uma festa bacana e diferenciada onde toco ao lado de muitos amigos de profissão. Espero levá-lo à Aracaju em breve. Creio que o desejo para o futuro de qualquer DJ seja tocar nos maiores festivais do mundo, mas enquanto não chego lá, pretendo viajar para cada canto do Brasil fazendo meu trabalho e trazendo sentimentos guardados no fundo de cada um e fazendo todo mundo dançar até o último segundo de minhas apresentações. Um grande abraço pra toda a galera que curtiu comigo a Iluminaty, agradeço a energia que vocês puseram lá, a quem ainda não me conhece, segue meu perfil do Instagram @rodrigobouzon e fiquem um pouco mais ligados sobre o meu dia a dia e já ficam sabendo em breve sobre a minha volta.

Fonte:Por Daiany Kishuctty