Seminário de Política para as Culturas Negras é realizado em Sergipe

Discutir o direcionamento de ações voltadas para as culturas negras a serem incluídas no Plano Estadual de Cultura. Com este objetivo, teve início na manhã de hoje (21), às 9h, no auditório da Biblioteca Pública Epifânio Dória, o Seminário “Política para as Culturas Negras: metas para o Plano Estadual de Cultura”.

O Seminário conta com a participação de representantes da Secretaria de Estado da Cultura, da Secretaria da Mulher, Inclusão, do Trabalho e dos Direitos Humanos e do Fórum Sergipano de Cultura Negra. Na programação, palestras com João Jorge, Presidente do Olodum da Bahia e Mestre em Direito Público, Antônio Bittencourt, professor e Coordenador de Direitos Humanos do Governo de Sergipe e da Dr. Kellen Moniz, vice-presidente da Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Sergipe e de grupos de trabalho com temáticas ligadas ao tema ?cultura negra?, sua formação histórica e temáticas atuais. ?Serão dois dias de trabalhos intensos. O tema ?cultura negra? é amplo e muito rico e precisa de uma atenção especial no que diz respeito a sua aplicação na política desenvolvida pela Secretaria de Estado da Cultura?, pondera Irineu Fontes, Assessor Técnico da Secult.

A oportunidade de discutir uma política voltada para a promoção da cultura negra em Sergipe foi vista com bons olhos pelos participantes do evento. ?Discutir a cultura negra faz parte da reabilitação do processo civilizador pela qual passa a sociedade” declara o Professor Antonio Bittencourt, palestrante do evento. Dada a importância das discussões promovidas, diversas entidades que trabalham a cultura negra em Sergipe se fizeram presentes. “Construir metas para o Plano Estadual de Cultura é fundamental para que tenhamos mais espaço nesse processo, nos próximos dez anos”, complementa Irivan de Assis, Pejigan, autoridade na religião africana e Diretor de Cultura do Bloco Quilombo.

Para a Secult, ouvir os mais diversos agentes neste processo é parte essencial para fazer do Plano Estadual de Cultura o mais democrático possível. ?Temos sempre que levar em consideração os agentes envolvidos na promoção da cultura.

Neste caso, a multiplicidade de vozes é imprescindível para que possamos permitir que o Plano Estadual de Cultura esteja de acordo com a realidade da sociedade sergipana?, declara o Secretário Elber Batalha.

Fonte: ASCOM