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Dados recem divulgados pelo Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação do Mercado Farmacêutico, mostram que o estado de Sergipe sofre com o déficit de farmacêuticos comparado ao grande número de farmácias que são abertas todos os anos.

A menor unidade federativa do país possui hoje cerca de 859 farmacêuticos cadastrados no Conselho Regional de Farmacêuticos e mais de 1000 farmácias e drogarias.

Segundo a presidente do sindicato dos farmacêuticos da capital, Fátima Aragão, o número de profissionais que ingressam no mercado de trabalho, não supre a demanda. ?Existe uma competitividade desleal. Só esse ano nos últimos três meses foram abertas mais de 41 farmácias em todo o estado e o número de alunos que saem das universidades é inferior? frisou.

Fátima Aragão ressalta ainda que as drogarias não estão cumprindo a lei 5.991/73 que prevê no seu artigo 15° que as farmácias e a drogarias tenham obrigatoriamente a assistência de técnico responsável inscrito no Conselho Regional de Farmácia. ?Em Sergipe as farmácias costumam funcionar 12 horas ou mais, o que termina infringindo a lei, visto que a carga horária do farmacêutico deve ser de até oito horas. Devido a este fator, as drogarias contratam pessoas leigas para executar o trabalho do profissional, o que é um risco?, explicou.

Por fim, a presidente do sindicato destaca que uma possível alternativa para impedir a atuação desses leigos seria trazer profissionais de outros estados. ?Antes de 1999, que foi o ano da formação dos primeiros profissionais, recorríamos a farmacêuticos de outras cidades. Seria bem mais viável do que colocar em perigo a saúde da população?, concluiu.

Por Camila Sousa e Ingrid Colaço (AracajuFest)