Projeto conta com as participações de Marília Mendonça e Zé Neto e Cristiano

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Mudanças de formações, processos, mortes e acidentes. Todos esses desafios foram enfrentados nos 45 anos de estrada que o Trio Parada Dura percorreu até aqui.

Para celebrar essa marca, a banda acaba de lançar o CD e DVD Chalana, Churrasco e Viola, gravado numa lagoa na cidade de Capitólio, em Minas Gerais.

O projeto é uma reunião de hits, versões e união de gerações, com as participações de Marília Mendonça e Zé Neto e Cristiano. Em entrevista ao R7, Xonadão, Creone e Parreirito comentam as diversas fases da banda e revelam detalhes da produção desse novo CD e DVD.

R7 — A participação do Eduardo Costa na produção do projeto, colaborou na escolha de Capitólio como locação de gravação, já que ele mora lá?

Xonadão — Não foi bem isso. Quem incentivou a gente a gravar na cidade foi o nosso produtor Leandro Porto. Ele que sugeriu esse formato de filmar numa chalana em movimento e todos nós aceitamos, sem pestanejar.

R7 — Existe algum desafio em gravar num barco?

Xonadão — Não é nem mais difícil e nem mais fácil. Só tivemos de escolher as pessoas a dedo, já que não é possível ter um público grande lá. O bom desse DVD é que ele é diferente do nosso show e traz uma grande produção por trás. Então ele será necessário na coleção dos fãs.

R7 — O repertório mostra a banda flertando com a modernidade. Existe a intenção de aproximar de um público jovem?

Xonadão — Não é algo deliberado. Nós sempre fomos nos adaptando a essas mudanças que o estilo passa. O repertório é decidido por todos igualmente. Então, se alguém gosta mais de coisas novas, acaba influenciando todo o resto naturalmente. Ficamos felizes em ter Zé Neto e Cristiano compondo uma música inédita para nós e fazendo dueto em Seu Polícia, grande sucesso deles em 2016. E a Marília arranjou uma brecha na agenda corrida dela só para nos prestigiar.

R7 — O grupo precisou se apresentar com outro nome durante um tempo porque os direitos sobre a marca eram do Mangabinha, fundador do trio. Isso foi resolvido?

Xonadão — Umas pessoas colocaram na cabeça dele que não deveria deixar a gente usar o nome, então mudamos para Trio do Brasil. Isso nos prejudicou inicialmente, mas o mercado sabia que nós éramos o legítimo Trio Para Dura. E o público também. Então logo tudo foi resolvido. Já a banda que o Mangabinha montou para rivalizar com o nossa, não deu certo. Quando ele morreu, procuramos a família e negociamos a cessão dos direitos. Agora está tudo resolvido.

R7 — Xonadão, a formação hoje só tem o Creone que é lá do começo. Barreirito morreu e o Parreirito é irmão e substituto dele. O Trio vai ser uma banda que vai durar pra sempre, como o Demônios da Garoa?

Xonadão — Com certeza. Eu conheci a banda quando ainda era jovem, em 86. Toquei com o Barreirito solo, que tinha saído por ter ficado paraplégico em um acidente aéreo. Nessa fase, o Parreirito entrou no lugar do irmão. Depois voltei para bandas diversas vezes. Apesar da idade avançada do Creone, ele tem mais saúde que eu. Vamos continuar muitos anos na ativa ainda e quando não estivermos mais aqui, outros levarão a marca adiante. Vamos durar pra sempre sim!

Fonte: R7, por Helder Maldonado